quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Historia da Pombo Gira Maria Farrapo

Esta entidade é muito debochada, tem um humor ácido e um comportamento nada convencional.

A história:

Madalena era uma moça ingênua
Vinda de uma família muito pobre,
Camponeses do norte.
Ela cresceu vendo o pai espancar a Mãe.
A mãe era nada mais que uma escrava
Servia para limpar, cozinhar e parir.
Madalena cresceu vendo aquilo
E como era moça não podia fazer nada.
Ela cresceu vendo que a mulher era
Vista como inferior pelos homens
E aquilo a deixava furiosa.
Quando ela fez quinze anos
O pai a deu em casamento para um
Velho rico da cidade.
Madalena era muito bonita
E o velho a desejava muito.
Mas a face angelical de Madalena
Escondia um caráter truculênto,
Ela não era dócil como parecia.
O velho tinha um filho ja adulto
E o rapaz estava indignado de ter
Uma moça mais jovem que ele como madrasta.
Madalena odiava o velho,
Sentia nojo de ter que se deitar com ele.
Ela e o enteado tinhan tudo para
Se odiar, mas decidiram se ajudar.
O rapaz disse a Farrapo que queria
O pai morto, e que eles dois eram
Os únicos herdeiros,
Então dividiriam a fortuna do velhote.
Madalena aceitou,
E após anos ao lado do senil ela
Tomou coragem e deu fim nele.
Uma noite o velho dormiu
E ela fez de modo que ele não mais acordou.
Pronto, com o velho morto
O enteado estava rico
E ela também.
Ela pegou a fortuna e foi embora
Para o Sul.
Lá ela comprou um casarão
E tentou viver como fidalga,
Mas não tinha educação, não era refinada
E por isso a nobreza a rejeitou.
Ela achou amizade entre
Os marginalizados,
Sua casa era frequentada por
Prostitutas, malandros, contrabandistas e etc.
Os anos passaram e ela só gastava
Nisso o dinheiro foi acabando.
Mas Madalena não tinha intenção
De ser pobre novamente,
Ela decidiu entrar em uma empreitada
Muito lucrativa, se aliou
A um homem chamado "Pinga Fogo"
Que era um contrabandista de
Tudo que vinha da Europa.
Pinga Fogo fazia de tudo,
Ele assaltava os navios no porto,
Encomendava mercadorias
Que vinham escondidas sem
Que os fiscais vissem para cobrar
Impostos em cima,
Pinga Fogo conseguia qualquer
Coisa através desses métodos.
Madalena entrou nessa junto
Com ele, ela usou o dinheiro que
Restava para financiar um grande golpe
E teve sucesso, o retorno foi polpudo,
Ela encheu os bolsos de ouro novamente.
Então ficou nessa vida,
Ficando cada vez mais rica.
Porém ela por conviver com os pobres
E com os bandidos não podia
Ostentar uma figura fina,
Então se vestia de modo simples,
Com roupas baratas.
Ela bebia e fumava,
Logo ficou conhecida como
A "Maria dos Farrapos"
Pois sempre andava esfarrapada.
Ninguém desconfiava que por
Debaixo da saia de chita ela tinha
Bolsas cheias de moedas de ouro.
Ela e Pinga Fogo eram sócios muito competentes
E de tão próximos se apaixonaram.
Os dois passaram a viver como
Marido e mulher.
Mas ele era mulherengo,
E ela muito ciumenta, 
Sempre que uma moças se engraçava
Com ele, Madalena fazia a coitada
Desaparecer.
Pinga Fogo amava Madalena
Mas com o passar dos anos
Ela começou a ficar possessiva,
Sempre em cima dele,
Sempre o regulando.
Ele não aguentou e se separou dela.
Ela o amava demais,
Chegava ser doente por aquele homem.
Ele desfez a sociedade e foi embora.
Ela não sossegou, foi atrás dele
Mas Pinga Fogo não queria
Mais nada com ela.
Ela tinha certeza que para ele a
Estar rejeitando é porque tinha outra!
E tinha mesmo.
Madalena encontrou Pinga Fogo
Dentro de um Cabaré nos braços
De uma belissima morena,
E esta morena não era qualquer uma,
Ela era Dona Maria Mulambo.
Mulambo e Farrapo entraram
Em guerra,  as duas eram grandes
Nomes da bandidagem,
Vários dos capangas das duas
Perderam a vida na luta
Entre elas.
Era tiro e facada pra todo lado.
Porém Madalena Farrapo estava
Perdendo a guerra.
Mulambo era rica demais, grande demais.
Então ela decidiu fazer o serviço
Por conta própria.
Farrapo se vestiu como uma rainha,
Se maquiou e perfumou,
E ninguém naquela cidade
Tinha visto ela vestida assim,
Não a reconheceram.
Ela foi para um Cabaré que
Mulambo gostava de ir,
Ela sabia que era noite de festa
E que Mulambo estaria lá.
Ela entrou, todos acharam
Que ela era uma prostita nova da casa,
Ninguém nem perguntou nada,
Ela passou pelos leões de chacara
E entrou no salão sossegada.
Quando ela entrou viu Mulambo
Em cima do palco cantando.
Mulambo tinha uma boa voz,
Mas so cantava quando estava
Bem mamada, com a cara cheia de cachaça,
Ai sim ela se soltava. Farrapo ficou no meio da multidão, 
Tirou a garrucha que trazia escondida
Sob a saia armada e sem pensar atirou.

PA!

Todo o salão emudeceu,
Ali so tinha gente da noite
E para essa gente o som de tiro
É inconfundível.
Todos olhavam em volta pra ver
Quem havia sido baleado
E não acreditaram quando
Mulambo caiu do palco.
Em volta de Mulambo se formou
Uma poça de sangue,
Ela é que havia sido baleada.
Farrapo matou Mulambo.
Ela de fininho se mandou,
Fugiu dando gargalhada
Pois tinha vencido sua maior inimiga.
No dia seguinte ela foi até Pinga Fogo
Ele que morava no porto.
Ela foi ate lá e ao chegar
Viu uma coisa que nunca tinha visto,
Ela viu ele chorando.
Ele chorava agarrado em um vestido
Vermelho, um vestido de Mulambo.
Farrapo ficou louca!
Pinga Fogo amava Maria Mulambo!
Como podia isso?
Ate depois de morta Mulambo a afrontava!
Farrapo alucinada puxou
O seu punhal e esfaqueou
O homem que amava.
Ele naquela melancolia ele que
Era um homenzarrão nem percebeu,
Nem reagiu.
Farrapo o matou.
E agora?
Depois daquilo tudo para ela perdeu
O sentido.
Ela tentou continuar a vida,
Mas não conseguiu.
Danou a beber, e se acabou na cachaça,
Ela morreu sozinha,
Se afogou em tantos álcool.
Quando morreu ela encontrou
Do outro lado Maria Mulambo
E Mulambo a perdoou,
Até a ajudou.
Farrapo virou Pombagira da Falange de Dona Maria Mulambo
E até hoje é uma de suas fiéis aliadas.

Farrapo é poderosa
Mas ainda é louca!

Saravá Maria Farrapo das 7 encruzilhadas

Um pouco sobre a Pombo Gira Cigana

A Pombogira Cigana, são reconhecidas tbm pelo cumprimento do terreiro exibindo o tridente (o gesto indiano de trishula) com os dedos.

Seu dançar é leve e ao mesmo tempo pesado como os demais Esus, tem um certo tremular na mão (devido às castanholas ou pandeiro).
Como as Ciganas do Oriente, giram muito. Seus rostos apresentam uma certa alegria nervosa quando chegam no terreiro, mas logo fecham-se em um rosto muito severo mas leve.
Sua fala é mansa, as vezes Seca, irônica, às vezes rude. 
Não procura ser simpática, sendo às vezes até dasaforada, mas sempre, em sua malícia, despertam afinidades junto ao público feminino que as procuram para tratar de assuntos como falta de emprego, dinheiro, amor. Ela também trabalha em demandas pesadas e às vezes "cruzam-se"
(afinizam-se) com o Povo do Cemitério. Algumas delas dizem-se "do forno", "do cemitério", "da calunga", mantendo como par vibratório um Esu.
Geralmente usam vermelho e evita o preto guardando uma antipatia por essa cor por julgá-la "de má sorte", “de luto”.
Suas oferendas aceitam mel e o azeite-de-dendê, simultaneamente. Fumam cigarros, cigarrilhas e algumas ciganas fumam charutos, à semelhança de algumas mulheres desse povo, geralmente as mais velhas.
Essa pombogia é uma entidade liminar entre o Povo de Esu e o Povo Cigano. Ela não é de todo um, nem de todo, outro.
Sempre tem um nome próprio. Assim, como exemplo, a pombogira cigana dirá chamar-se "Pombogira Cigana Fulana da Estrada", utilizando-se qualquer nome próprio válido dentro da grande relação existente para essas entidades.

HISTÓRIA

Pombo Gira Cigana Rosita nasceu na Índia, mas possui suas origens da Espanha.
De pele morena clara e olhos esverdeados como o do seu pai, a cigana Rosita cresceu alheia a todos os conflitos que sua poderosa família de ciganos vivenciou enquanto ela ainda era muito pequena.
Bela e faceira, influenciada pela sua mãe, aprendeu as danças e as magias do amor. Tinha um especial dom para as castanholas, tornando-se a melhor cigana da tribo a tocá-las, encantando a todos ao seu redor.
De pele clara, cabelos longos e castanhos até a cintura e corpo esbelto, a cigana não usava lenços na cabeça, o que era incomum. Ela usava blusas brancas de mangas bufantes e saias estampadas com flores amarelas e rosa escuro. Trazia sempre consigo uma faixa rosa amarrada na cintura. Gostava de usar argolas de ouro e um cordão também de ouro com um pingente de quartzo rosa. Nos dedos anéis com pingentes de moedas antigas, de sol, de lua, de estrela e também de sino.
Sua característica mais marcante é o seu jeito de dançar. Por ter nascido na Índia, ter vivido muito tempo no Marrocos e também pela origem espanhola, sua dança carregava a inspiração desses locais, tendo uma forma única e diferenciada de dançar. Tinha o seu próprio estilo e tocava as castanholas como ninguém. Seus traços são espanhóis, mas a forma de se portar e de conversar são tipicamente marroquinas, onde vivem parte de sua infância e adolescência e onde fez muitos amigos. Ela costuma trabalhar, assim como sua mãe, na linha do amor.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Historia Pombo Gira Mulambo

Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo, linda e delicada, sempre tratada com carinho e as pessoas a chamavam de princesinha.

Aos 15 anos, foi pedida em casamento para enlace com o filho do Rei de 40 anos, mas foi um casamento sem amor, apenas para unir fortuna.    Passaram-se muitos anos e Maria não engravidava e o Rei precisava de um sucessor. Maria sofria em um casamento sem amor e ainda chamavam-na de árvore seca.  Nessa época, toda mulher que não tinha filhos era chamada desse nome, além de ser amaldiçoada.

Paralelamente a isso,  Maria praticava a caridade, vivia no meio de povoados pobres ajudando os doentes. Nessas idas e vindas, conheceu um homem dois anos mais velho que ela, era viúvo recentemente e tinha três filhos dos quais cuidava com muito amor e carinho.  Foi amor à primeira vista, mas os dois não se aceitavam.

O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria considerada rainha daquele país.   O povo adorava Maria, mas alguns com inveja a consideravam árvore seca.

No dia da coroação, o povo não sabia o que oferecer a Maria, então, fizeram um tapete de flores para que ela fosse conduzida ao local.  Maria se emocionou, mas o Príncipe, agora Rei, não gostou. Ao chegara a casa, trancou-a no quarto e lhe deu a maior surra e a partir daí, Maria sofria muito com diversos socos e pontapés diários.

Mesmo machucada, Maria não parou com a caridade.  Foi aí que seu amado resolveu se declarar e pediu para que eles fugissem escondidos, assim viveriam  aquele grande amor.  Combinaram tudo! As crianças ficariam com os pais do rapaz até que tudo se normalizasse.    Maria fugiu apenas com a roupa do corpo, deixando toda riqueza para trás.

Maria passou a viver na pobreza, mas era feliz e engravidou! A notícia correu por todo o país e chegou aos ouvidos do Rei. Ele se desesperou em constatar que era a árvore seca. Ficou louco e desejava muito limpar sua honra.

Sendo assim, o Rei pediu para que os guardas prendessem Maria que passou a ser chamada de Maria Mulambo. Ele ordenou que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e a jogassem na parte mais funda do rio.

Ninguém ficou sabendo desse crime, mas sete dias depois do acontecido, começaram a nascer flores às margens do rio, o que nunca havia ocorrido naquele local e também havia abundância de peixes.

Seu amado desconfiou e mergulhou nas águas do rio, encontrando o corpo de Maria que mesmo depois de dias estava intacto. Seus mulambos haviam se transformado em roupa de rainha coberta de joias. Velaram seu corpo e fizeram uma cerimônia digna de rainha e, posteriormente, cremaram seu corpo.   Logo após,  o Rei enlouqueceu e seu amado nunca mais se casou.

Maria Mulambo mostra-se sempre linda e sedutora, gosta de licores, batons e cigarrilhas de boa qualidade.

Sua missão é tratar do lixo espiritual, curar depressão e fazer cada um confiar mais em si e em sua própria potencialidade!

Laroiê Mulher Maria Mulambo!!! Salve! Salve!

História Pombo Gira 7 Encruzilhadas

Pombo Gira nasceu em 914 e faleceu em 952.

Sete Encruzilhadas era morena, de baixa estatura, olhos e cabelos pretos, tinha rosto incomum, era bonita, mas não dentro dos padrões comuns. Sua missão na terra era destrancar os amores.

A entrega de suas oferendas ocorre nas encruzilhadas e as suas cores são vermelho, preto, roxo e maravilha. Os seus símbolos são: o tridente de sete pontas, navalha e punhal.

Esta Pombo-Gira pertence à nação Ketu. Sua comida predileta é muçum com farofa, além disso, gosta muito de galos rinheiros. A sua bebida predileta é Whisky.

Ela era uma linda cortesã que amarrou o coração de um rei francês que a tornou rainha e depois de alguns anos, ele faleceu.

Devido à tenacidade de seu trono, passou a ser cobiçada por outros reinos o que  a levou a se casar novamente. Não demorou muito e ela foi envenenada pelo atual marido que começou a governar da pior maneira possível.

A rainha chegou ao astral perdida no limbo por suas atitudes aqui na terra. Só depois de algum tempo nas trevas, a rainha foi encontrada por seu antigo rei que começou a cuidar dela.

O trabalho deste casal no astral ficou tão conhecido e respeitado que o Exu Belo o nomeou “o Senhor das Encruzilhadas”.  Juntos, passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e com milhares de entidades e fizeram este, o maior reino do astral médio superior: o reino das Sete Encruzilhadas.

Passado algum tempo, o rei que a envenenou veio a falecer, sendo levado ao astral reino das Sete Encruzilhadas. Assustado sem entender nada, foi colocado à frente da rainha a qual ele teve de servir até o resto da eternidade em virtude da falta que cometeu.

É uma entidade calma e tranquila, mas quando chega ao mundo, solta um grito de guerra onde expressa todo o seu poder de vitória.

Saravá, salve, viva Dona Rainha das Sete Encruzilhadas!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

História Pombo Gira Dama da Noite

Na época do império ela nasceu, Seu nome era Conceição. 




Filha de uma lavadeira. Ela foi vitima de uma Infância muito pobre, Sem nenhum recurso.Não Tinha pai, a Mãe era viúva, Pobre, feia e desleixada.

A mãe era conformada Com a forma de vida que tinham E sempre dizia a Conceição Que ela seria lavadeira também, Pois todas as gerações passadas Da família eram de mulheres Lavadeiras.
Conceição vivia então nisso, Ir para o rio com a mãe trabalhar, Uma trouxa de roupas lavar Em troca de alguns tostões. 
Todo dia era assim, Comer mau, se vestir mau
Dormir em um cama palha, E ainda era obrigada pela mãe A ir a missa agradecer a Deus pela Vida que tinha. 
Conceição e a mãe eram Apenas duas miseráveis vivendo Em barraco de madeira.
Pelo visto era assim que tinha que ser.
Pelo visto o destino era assim mesmo.
Porém um dia a mãe de Conceição Recebeu um trouxa de roupas Muito diferente do habitual, 
Eram roupas de tecidos finos, Vestidos, espartilhos, robes, Meias, e até mesmo ceroulas de Algodão tão fino que dava Prazer ao tocar a pele.
Todas as roupas mesmo sujas Tinham um doce cheiro de Perfume.
Conceição nunca tinha visto aquelas Coisas tão belas e perguntou A mãe de onde tinha vindo aquilo. 
A mãe de um modo ríspido respondeu
Que eram roupas de uma PROSTITUTA
E que Conceição não devia Se encantar com o luxo pois aquilo Tudo era coisa de mulher de vida fácil. 
Foi naquele dia que Conceição Desejou ser uma prostituta Para poder se vestir com tanto requinte. 
Quando as roupas estavam prontas Uma carruagem veio buscar E um belo rapaz desceu para Apanhar as trouxas.
Ele era em efeminado que trabalhava Para a prostituta dona do figurino.
Quando o rapaz alojou as roupas Na carruagem, Conceição se escondeu Entre as trouxas dentro do couche E foi escondida para o Cabaré Onde a prostituta vivia. Quando o rapaz tirou as roupas Ele a viu ali escondida e se assustou. 
Ela implorou que ele deixasse ela Falar com a dona da casa, E como ela já estava ali mesmo
Ele permitiu. Conceição quando entrou no saguão Do Cabaré viu ali tanto luxo Que seus olhos arderam pela beleza Do lugar.
A prostituta a recebeu em sua alcova 
E se apresentou como Mademoiselle Quitéria,
Uma imigrante francesa que estava Se estabelecendo no Brasil. 
Quitéria perguntou a Conceição O que ela queria ali E ela respondeu que queria ser uma prostituta.
Quitéria riu-se das palavras da moça E perguntou se ela sabia o que Uma prostituta fazia. 
Conceição na verdade não fazia A menor idéia do que era prostituição.
Quitéria disse com seu sotaque francês
"Querrrida... Você não sabe como é difícil a vida de mulher dama..."
Conceição mostrou as mãos calejadas
Pelo trabalho de lavadeira e perguntou "É pior do que isso?"
Quitéria se compadeceu dela e disse
"Não é desgastante por fora e sim por dentro... Mas se quiser eu posso te aceitar pois estou pensado em fundar um Cabaré e ainda não tenho meninas para trabalhar..."
Conceição foi aceita como a primeira
Menina do Cabaré de Maria Quitéria. 
Ela com dezesseis anos se tornou Uma prostituta. 
Logo Quitéria tinha mais de trinta Moças em sua casa alegrando A noite da cidade. 
Conceição passou a se vestir com luxo E a poder dormir até o meio dia Como sempre sonhou. 
Um dia Quitéria reuniu todas as Moças do Cabaré e as parabenizou Pelo sucesso da casa, por isso Decidiu dar um presente a elas,
Cada uma delas poderia pedir Algo que Quitéria compraria.
Uma pediu brincos de jade, A outra pediu um espartilho novo, Uma outra pediu um leque francês, E assim cada uma pediu algo.Quando chegou na vez de Conceição Queria perguntou o que desejava, Ela respondeu
"Eu gostaria de aprender a ler."
Quitéria se espantou, a maioria das Prostitutas eram analfabetas, Já que as mulheres com instrução Raramente caiam na vida. Porém o pedido de Conceição Foi atendido, Todos as dias em que o Cabaré Não abria ela ia para o quarto de Quitéria e ali tomava lições De como ler e escrever. Ela aprendeu o português correto, Mas também o francês 
E um pouco de latim.
Quitéria se encantou por Conceição De tal modo que ensinou a ela Não somente a escrita e os idiomas Mas também as regras de etiqueta. 
Conceição depois de alguns anos
Havia se tornado uma Dama.
Foi então que decidiu mudar de nome Ela escolheu se chamar Helena Tal como a de Tróia, Helena não parou por ai Ela foi aprender com as modistas
A forma mais classuda de se vestir, Foi aprender com os joalheiros Como usar as joias de modo correto, E assim ela se tornou um
Perfeito manequim, Uma bonequinha de luxo.
Porém havia um apelido por Qual era chamada pelos clientes Da casa, eles a chamavam
De Dama da Noite, Pois assim como a flor que só Florece uma única vez,
Ela também era difícil de se conquistar.
Uma noite um Conde foi até O Cabaré e a viu.
Ele se apaixonou perdidamente Por ela e a pediu em casamento. 
Foi surpreendente ela recusar o 
Pedido.
Toda mulher sonhava em casar
Com um homem rico, Porém ela não, ela queria ser Rica por conta própria. 
Ela e o conde se tornaram amantes 
Ele deu a ela muitas riquezas, E quando ela ficou velha
Era tão rica que pode desfrutar Da vida com toda pompa e circunstância Tal como havia sonhado. 
Dama da Noite foi uma mulher Que nasceu no barro Mas morreu no ouro.
Ela era Glamorosa, 
Não aceitava nada que não fosse Perfeito. Muitas tinham inveja
Pois ela era de fato uma Dama.
Mademoiselle Helena, Dama da Noite.
O segredo de Dama da Noite
Era amar a si mesma.

Historia Esu Tiriri e Marabo

Tiriri é um dos poucos Esus (entidade) de origem afro. 
Por ser irmão de Marabo a história de um é atrelada a do outro.


















Quanto a princesa assinou a lei que
Acabava com a escravidão
Os grilhões caíram 
O tronco e o chicote foram queimados
Mas tirando isto a vida dos negros 
Não melhorou nada.
Antes eram escravizados
Depois da abolição foram marginalizados. 
Quando o senzala foi fechada
Os antigos senhores enxotaram
Os negros para fora de suas terras
Pois já que a lei dizia que todo
Trabalhador iria ganhar salário
Os senhores preferiram contratar
Os imigrantes italianos
E nisto os negros foram empurrados
Para os morros onde estariam
Longe da vista dos brancos
E nestes mortos nasceram
As favelas. 
Havia um negro liberto 
Que havia sido nomeado Manuel da Silva. 
Mesmo sendo liberto o "Da Silva" 
Que era nome sinônimo de ser escravo
Não foi removido e ele a contra gosto
Teve de continuar assim.
Manuel fora ajuntado a uma outra
Escrava e com ela teve dois filhos 
Mas ela não viveu para ver a liberdade 
Então Manuel criou os dois meninos
Um era corpulento, se chamava Miguel 
Mas todo o povo o nomeava de
Marabô por conta de seu comportamento
Ser similar ao Deus do seus antepassados
E seu irmão mais novo que era também
Forte mas não brutamontes tinha
O nome de Gabriel mas o povo 
O renomeara Tiriri
Pelo mesmo motivo. 
Marabo e Tiriri gostavam
Mais de serem chamados assim
Do que terem que responder pelos
Nomes de anjos que o padre da cidade. havia imposto a eles.
Eles quando eram forçados a ir a Igreja
Viam as imagens de anjos loirinhos
Brancos como leite e de olhos azuis
E não se reconheciam em nada
Mas quando no escuro da noite
Antes de dormir a velha vó negra 
Cochichava para eles as lendas do Orisa Esu
Eles se regozijavam por verem 
Naquele Deus muito mais de si do
Que em todos os anjos do céu. 
Quando cresceram a sociedade esperava
Duas coisas deles
Ou que fossem sapateiros como o pai
Ou que arrumassem algum oficio 
Condizente com a cor de pele que tinham.
Nenhum dos dois quis ser como o pai
E se ajoelhar a vida toda calçando 
Os pés dos brancos malditos
E não viam a menor perspectiva em
Arrumar um trabalho como lavrador
Ou como pedreiro 
Eles queriam mais da vida. 
Foi então que quando ainda eram
Adolescentes os dois arrumaram 
Emprego como leão de chácara 
Em um grande Cabaré, 
A dona era Maria Quitéria
E mesmo sendo branca os tratava muito bem
E eles sabiam que era porque
Ela era tão marginalizada quanto eles
Por ser mulher e por ser prostituta 
Então ela os entendia
E o pagamento que oferecia por deixar
O cabaré em segurança era bom e farto. 
Com os outros leões eles aprenderam 
O manuseio de armas
E na favela onde moravam aprenderam
A capoeira que fazia do corpo deles
Uma arma. 
Quando se tornaram adultos 
Quitéria morreu 
E aquele foi o estopim para que
Buscassem um novo rumo.
Tiriri e Marabo sempre foram
Unha e carne 
Mas houve um fato que os fez se distanciar. 
Este fato se chamava Maria Mulambo.
Mulambo era uma das prostitutas 
Da casa de Quitéria e vivia a fazer
Charme para um e para outro
Dizendo aos dois que se houvesse um
Homem forte e capaz de tirar ela
Daquela vida ela com ele se casaria.
Puxa vida como era bonita! 
E o que tinha de bonita tinha de mentirosa. 
Tiriri caiu e começou a dar a ela
Dinheiro pois ela dizia que devia
Ao cabaré e que só poderia sair de lá
Quando saudasse a divida. 
Marabo também caiu nessa
E mais muitos caíram nas lorotas dela.
Quanto Marabo descobriu que Tiriri
Também era amante de Mulambo
Os irmãos brigaram e chegaram as 
Vias de fato.
A grande amizade dos dois esmoreceu
E eles decidiram se separar. 
Marabo quis ficar 
Ainda tinha esperança de casar com 
Mulambo.
Ele Não era mais leão de chácara
Mas sim um jagunço contratado
Um tipo de mercenário.
Tiriri arrumou a trouxa, jogou nas costas
E caçou seu rumo para o norte.
Mulambo, safada como era 
Quando estava com muitos sacos
Cheios de ouro 
Saiu do cabaré
Mas não para deixar de ser da vida, 
Com o dinheiro comprou um cabaré para si
E de prostituta virou foi cafetina.
Marabo se desgostou tanto 
Que se jogou em todo tipo de negócio escuso.
Tiriri no norte vivia de pequenos serviços e golpes
Não era boa gente, era perigoso
E quanto mais os anos passavam
Mais rico ele ficava
E mais sujas de sangue suas mãos eram.
Tiriri se associou a uma trupe perigosa
Que hoje em dia seria até chamada gangue
Mas na época era so um grupo de meliantes.
Haviam muitos grupos pelo país
Cada um em uma área e nenhum
Passava os limites.
Tiriri se tornou chefe deste grupo
E por muitas vezes matou homens
Do Sul que invadiam o território 
Que a ele pertencia.
Não foram um, não foram dois
Foram mais de uma dezena de sulistas
Passados no fogo e na faca
Pois o próprio Tiriri dizia que 
Cada lobo fora de sua alcateia é presa.
Certa vez ele foi ao sul ver o irmão
Mas toda a história se repetiu
Desta vez uma outra mulher, Sete Saias
Esteve entre os dois
E no fim a visita de conciliação
Acabou com ambos saindo aos murros
E os companheiros de Tiriri que eram
Do Norte acabaram por fazer
Um banho de sangue matando
Os sulistas na própria área deles.
Não dava mais
Não era mais amigos
Marabo e Tiriri não podiam mais conviver. 
Os anos corriam como água no rio
E então Tiriri recebeu uma carta
De Marabo.
Muito surpreso do irmão estar
Escrevendo para ele achou que
A mensagem seria de paz 
Mas não, a mensagem era de tristeza.
Manuel, o pai dos ambos estavam no
Leito de morte e pedia para ver
Os dois juntos uma última vez.
Tiriri arrumou a mala e correu para o 
Porto afim de descer a costa de navio.
Os companheiros do grupo avisaram
A ele para não ir
Pois no sul havia um outro grupo
De meliantes que o iriam reconhecer
E se tivessem oportunidade o iriam matar.
Os companheiros pediram que ele
Pelo menos informasse as gangues do Sul
Pois no sul haviam tanto um coronel
Muito mal encarado chamado de Tranca Ruas
Quanto um bandido cruel chamado Zé Pelintra
E era ideal que ele informasse
Que estava indo lá em paz
Mas Tiriri voou como um alucinado
Deixando Recife para trás
Ele só queria ver o pai.
Quando aportou em Santos
Todos os Malandros o fitaram
E os informantes do coronel também
Não deixaram de notar. 
Tiriri comprou um cavalo e correu um dia e uma noite 
Para a casa do pai
Quando chegou lá 
Marabo que era um brutamontes de tão
Forte e musculoso estava na sentado
Ao chão e segurava uma das mãos do velho deitado a cama. 
Tiriri sem dizer nada apenas se sentou
No chão do outro lado
E tomou a outra mão do pai.
Os irmãos ficaram ali com Manuel
E o velho pedia para que os dois ficassem juntos
Pois só tinham um ao outro no mundo.
Pedia que se casassem, que formassem
Família e que vivessem em paz.
Os três ficaram juntos e imóveis
Até que algumas que horas depois
A vida abandonou o velho homem. 
Tiriri se levantou afim de ir chamar
Uma anciã da favela para fazer
Os ritos fúnebres no pai
Mas quando abriu a porta
Deu de cara com um mar de homens
De terno branco
E no meio deles aquele negro alto 
Com dentes de ouro e sorriso escarnecedor, Zé Pelintra. 
Tiriri falou que estava ali só pelo pai
E que não queria confusão
Mas Zé lembrou que na última visita
Que Tiriri fez 
O sangue de muitos sulistas correu na rua
O inferno reuniu no Su
Pelas mãos dos meliantes do norte.
Tiriri tentou argumentar quando 
Ali no batente da porta da casa da pai
O primeiro tiro foi disparado
Seguido por tantos que nem dava para
Contar quantos. 
O corpo de Tiriri apenas estremecia
Enquanto as balas atravessavam a carne.
Quando Marabo correu de dentro da casa para
Ajudar o irmão já era tarde
Tiriri caiu morto. 
Marabo quando saia do sério
Agia como louco
E perder o pai e o irmão no mesmo dia
O deixou totalmente fora de si.
Ele passou a mão na faca que trazia
Na cintura e se jogou no meio
Do exército de malandros de Zé Pelintra.
Zé tentou intervir dizendo aos malandros
Para não ferirem Marabo
Pois ele não era inimigo
Mas Marabo começou a derrubar um a um
Cortando as gargantas dos homens de terno branco
Então Zé Pelintra não teve como
Conter as pistolas deles
E uma saraivada de tiros
Foi lançada sobre Marabo.
Mas Marabo não caiu,
O povo atirava mas ele continuava e
Quando mais da metade dos malandros ja havia sido passado na faca
Zé Pelintra entendeu o que acontecia,
Marabo tinha o corpo fechado. 
Isso era feitiçaria africana antiga
Dada aos filhos de Ogun
E feita pelas velhas mães de Santo
Que tinham o sangue antigo nas veias.
Nenhuma bala ou lâmina comum
Mataria um homem de corpo fechado.
Então Zé que era entendido 
Correu a pegar uma lâmina benzida nas mesmas sete ervas que eram
Usadas para fechar o corpo
E com a lâmina na mãos ele caiu sobre Marabo
Cravando o ferro no peito do gigante.
Marabo finalmente caiu.
A confusão acabou ali, Zé Pelintra
Se foi levando consigo os corpos dos mortos de sua trupe
E o povo da Favela foi chamar 
Maria Mulambo para contar do ocorrido.
Maria Mulambo era quem realmente mandava ali.
Quando Mulambo chegou 
Tranca ruas ja estava lá
E ele como homem da lei iria
Jogar o corpo dos três em uma vala comum e enterrar como indigentes
Mas Mulambo o convenceu a deixar
Ela tomar conta disso.
Ela deu um lugar de descanso 
Para os corpos de Manuel
Marabo e Tiriri
Pagou para que fossem valados
Com dignidade. 
O corpo dos três foi enterrado
No alto do morro onde ninguém
Os perturbaria.
Os dois irmãos valentes até hoje
Existem
Mas agora são espíritos
Porém mesmo mortos ainda são cheios de valentia.

Saravá Tiriri!


Arte&Texto:
Felipe Caprini

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Ser uma pessoa de rumbê vai além de arrasar nas coisas do santo

Tenha Rumbê!

Ser uma pessoa de rumbê vai além de arrasar nas coisas do santo

No candomblé, costumamos dizer que uma pessoa é de rumbê quando ela arrasa na roça. É aquela pessoa “pau pra toda obra” que garante a conclusão de qualquer trabalho a que seja designada.
No entanto, ser de rumbê vai muito além das coisas do santo. Não basta saber limpar um bicho, dar um osé, fazer um amací, preparar um ebó, pois uma casa de candomblé não se resume só a isso.

Ser de rumbê também é ter postura.

É pegar numa vassoura para varrer o barracão, a cozinha, os quartos…

É manter tudo em condições de uso.

É lavar a louça suja na pia, secar e guardar.

É zelar pela ordem e pelo bom andamento da casa.

É lavar a roupa, os panos de prato, as toalhas de mesa…

É ter uma linguagem apropriada.

É tratar todos (adeptos ou não) com educação.

É ter um sorriso estampado no rosto.

É ser atencioso(a).

É guardar os preceitos.

É fazer as coisas antes mesmo de pedirem e não esperar que tudo esteja um caos para depois fazer.

É manter-se calado(a) quanto à conversas em que participou ou ouviu.

É respeitar a todos.

É deixar as dependências da casa impecáveis (cozinha, barracão, quartos, banheiros, quintal…)

É dar sua opinião apenas quando for solicitada.

É não fazer fofocas.

É incluir a todos na comunidade do candomblé, apresentando e sendo amistoso.

É ter empatia.

É ser resiliente, saber aceitar e dar ordens de forma respeitosa.

É impor-se com educação e ternura.

É saber orientar e ser orientado.

É levantar cedo e cumprir suas tarefas.

É tratar como gostaria de ser tratado(a).

É através de nosso exemplo que passamos a imagem do que uma casa é. O candomblé nos ensina a amadurecer e a ter responsabilidade…e isso não é para qualquer um...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Historia Esu Sete Facadas

Esu Maravilhoso!

Vou contar uma das histórias desse Esu que veio pra nos ajudar!!
Vencedor de Demandas!
Vencedor de batalhas!





É um Esu das 7 Linhas, trabalha na linha da Encruzilhada e na linha dos Malandros...
Um Esu Forte e muito perigoso aos que não sabem lidar com ele.
Trabalha para a esquerda, com trabalhos de morte, destruição, drogas, bebedeiras etc ...
Embora muitos não saibam sua bebida preferida é Marafo com Oyn (Mel), alem de conhaque, cerveja e whisk...
Fuma Charutos e Cigarros..
Também trabalha em casos financeiros e que envolve prisões de detentos, ele e muito procurado por pessoas com problemas de justiça,dividas,acertos de contas....
Tem uma forte influencia com EGUNS de pessoas assassinadas, suicidas, assasinos ,ladrões.
Carrega sete facas,para cortar o mal de seus inimigos e corta-los em pedaços, Faca é instrumento metálico, forjado para operar cortes. 
Ogun domina a manipulação dos metais.(Mitologia Africana) 
Sete é o número de Tronos de Deus.(Teologia de Candomblé e Umbanda Sagrada) 
Exu que trabalha nas 7 Forças de Deus e que têm a Lei de Ogun como norte de suas ações pode ser chamado de Esu 7 Facas. 
Agora, Facada é uma Ação do instrumento "faca", por estar com ato é uma irradiação ativa na Lei, no Trono da Lei, Ogum é Universal, mas Passivo, mantém e Egunitá (Kali-Yê) é Ativa, ou seja modifica. 
Nesta compreensão são duas Egrégoras* de Esus diferenciados sutilmente, mas que pertencem e canalizam o mesmo mistério na Lei de Deus...



Exu= vitalizador,desvitalizador
Sete= Sete tronos ou mistério de Deus: Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração.
Facadas= Faca, objeto que corta, é um objeto feito de metal

Logo, faca é um objeto feito de metal, Ogun orisa que em mão tem o cristal metal, logo já vimos que esse esu esta sobre a irradiação de Ogun (Não significa que será esu de pessoas que tem Ogun como Orisa).
Ogum orisa que cuida da Lei divina, a ordenação, a punição a aquele que saiu da ordem, a luta pela vida, etc. 
Esse Esu Sete facada significa que ele vai vitalizar ou desvitalizar os sete sentido (mistérios) dentro da Lei Maior no médium em que ele trabalha e nas pessoas que ele vier atender. 



*Egrégora, ou egrégoro (do grego egrêgorein, "velar, vigiar"), é como se denomina a força espiritual criada a partir da soma de energias coletivas (mentais, emocionais) fruto da congregação de duas ou mais pessoas.

História Pombo Gira Sete Saias

Mais uma das belissimas histórias de vida dessa Pombo Gira que faz o Terreiro parar para ver sua chegada!!!

Laroye Legbara!!!

Mojuba!!



Sete Saias teve sua vinda ao mundo marcada por muito sofrimento. 
Já na sua infância se dá o início de sua aflição, pois ao nascer sua mãe falece por complicações durante o parto. Desde então sofre constantes humilhações vindas de seu pai que passa a culpá-la pela morte da esposa que tanto amava. 
Sete Saias cresce e com o passar dos anos crescem os aviltamentos e já moça passa a ser forçada a fazer todas as vontades do pai sendo mais uma serviçal do que uma filha. 
Com seu pai Sete Saias morava em uma choupana afastada no lugarejo onde habitavam e por esse motivo não vê felicidade em seu futuro. 
Acaba então a moça Sete Saias se relacionando com homens casados e ricos do povoado vendo ai sua única satisfação. 
Mas a vida não lhe sorri pelos seus envolvimentos e pelo enredo de traições em que se envolve e as esposas traídas desejam o seu mal a ponto de desejarem apedreja-la. 
Mas porque Sete Saias carrega esse nome?
O motivo pelo qual tem este nome é que a moça tinha sete amantes. 
Assim, para cada amante ela usava respectivamente uma saia. 
Estes amantes, enciumados entre si decidem transformar a vida da moça, trancando-a em um casebre afastado como modo de puni-la pela vida libertina que escolhera junto aos mesmos. 
É então obrigada a se alimentar de restos de vegetais que se encontravam no interior de seu carcere... 
Com muito sufoco, e força de vontade de viver, derrubou uma parede velha do casebre feito de madeira. Rastejando pela fraqueza encontrou uma estrada próxima e nela passava uma caravana de ciganos que a acolheram e cuidaram dela. 
Tornando-se uma bela moça, que acabou casando com o filho do chefe do clã dos ciganos. Este filho tornou-se um homem muito rico, ele recebeu o título de barão e provavelmente ela uma baronesa. 
E por vingança, queria voltar ao lugar que queriam apedrejá-la. O marido apaixonado e fiel, fez a vontade da esposa, comprando o melhor e mais importante casarão daquele povoado. 
E assim, mandou convite a todos para um rico e abundante baile de máscaras, para apresentar a mais nova baronesa daqueles tempos.

E Sete Saias desceu as escadarias do rico salão com a sua bela máscara e um maravilhoso vestido. 
E todos os seus inimigos a aplaudiram e reverenciaram sem saber quem era a misteriosa mulher, que seria revelada somente no fim da festa. 
Ela chamou a todos ao centro do salão, ainda com a máscara, os convidados já totalmente bêbados, ela retirou a máscara, revelando-se a todos. 
Os inimigos indignados por ser ela a mais rica baronesa da região a qual deviam respeito, começaram a condená-la, principalmente o seu pai, que no impulso começou a cobrar carinhos que ele nunca teve a ela. 
E no soar de palmas, entraram-se empregados ao salão, carregando enormes barris de óleo. 
E os convidados achando-se que fazia parte da cerimônia, ficaram aguardando os servos despejarem o óleo por tudo enquanto Sete Saias e seu marido saíram escondidos, incendiando todo o espaço, matando e vingando-se assim, de todos os seus inimigos, chegando ao ponto de pedir a sua rica charrete para parar em frente ao casarão e ver seus inimigos se incendiando. 


Suas últimas palavras aos seus inimigos foram: " livrarei vocês dos seus pecados com o fogo!"
Beijando o seu esposo e seguindo a tua viagem. 
Ela morreu com seus 78 anos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Homenagem ao Ogã Gabriel (Parabéns Ogã)

(04.02) E hoje é dia dele! Parabéns Ogã! Que Olorun te cubra de paz, Que seu pai Osóssi lhe mostre sempre o melhor caminho a seguir!!!
Felicidades!
Le Ọba Ketu nigbagbogbo mu ọpọlọpọ lọ sinu aye rẹ!!!
Meu Kolofé!!!
#amordeogã 
#Osossi
#ileaseiyalokun



Amor a Esu

Boa noite a todos! Não sei o nome dessa Sacerdotisa, mas ela está de parabéns pela explicação perfeita sobre o que é Esu e seu amor por ele!