Yemajá ou Yemoja
Vem da expressão Iorubá Yéyé omo ejá ("Mãe cujos filhos são peixes")
Existem algumas representações utilizadas para Yemanja como Asèssu, Iemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja ou Yemoja, é um orixá africano. Na Mitologia Yoruba, a dono do mar é Olokun que é o Pai de Yemojá.
Yemojá, é saudada com Odò (rio) ìyá (mãe) pelo povo Egbá, por sua ligação com Olokun, Orixá do mar (masculino (em Benin) ou feminino (em Ifé)), muitas vezes é referida como sendo a rainha do mar em outros países. Cultuada no rio Ògùn em Abeokuta.
A rainha do mar, também é conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta.
Pierre Verger ou Pierre Edouard Leopold Verger foi um fotógrafo e etnólogo autodidata franco-brasileiro, babalawo, que é um sacerdote Yoruba. Verger dedicou a maior parte de sua vida ao estudo da diáspora africana, as religiões afro-derivadas do novo mundo, bem como os seus fluxos culturais e econômicos resultando de e para a África. No livro Dieux D’Afrique registrou: “Yemanjá, é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. Com as guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas, transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade, e o rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o orixá do ferro e dos ferreiros.”
No Brasil, Iemanjá é muito popular entre os seguidores de religiões afro-brasileiras. Em Salvador ocorre no dia 2 de Fevereiro, uma das maiores festas do país em homenagem à “Rainha do Mar”. A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão levando uma variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.
Outra festa importante dedicada a Yemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a dividade. A celebração também inclui o tradicional “Banho de pipoca” e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orisá.
Existem algumas qualidade de Yemanjá:
Yemowô – que na África é mulher de Oxalá,
Iyamassê – é a mãe de Sàngó,
Yewa – rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá,
Olossa – lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,
Ogunté – que casa com Ògún Alagbedé,
Asèssu – muito voluntariosa e respeitável,
Saba ou Assabá – está sempre fiando algodão, é a mais velha e ao mesmo tempo é a mais jovem.
* Arquétipo dos seus filhos:
Voluntarioso
Fortes
Rigorosos
Protetores
Caridosos
Solidários em extremo
Ingênuos
Amigo
Tímido
Vaidosos com os cabelos principalmente
Altivos
Temperamentais
Algumas vezes impetuosos e dominadores
Tem um certo medo do mar.
No Brasil, Iemanjá na versão de Pierre Verger, representa a mãe que protege os filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos, ou vários peixes, que adora cuidar de crianças e animais domésticos