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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Nota de Falecimento - Babalorisa Sapponna de 28.08.2013/2014

Babalorisa Sapponna de Omolu

                                                                             Essa nota demorou 1 ano para ser postada, pois não encontrava palavras para expressar essa perda tão grande! 
Pai, que falta você nos faz!!!                






É com lagrimas escorrendo pela minha face que falo hoje sobre Sergio d'Almeida Pinto, Babalorisa Sapponna de Omolu - Fundador do Ilê Asê Nagô Aia Sapponna
       Desde meus primeiro anos de vida cresci junto com esse homem, com esse pai dedicado, amoroso. Me iniciei aos 6 anos de idade pelas mãos desse grande Babalorisa onde fez nascer o meu orisa!!!
    Mas foi chegada a sua hora, infelizmente? Não, felizmente pois se sua hora chegou foi porque já tinha feito todas as suas missões por aqui.
Lembro-me de você sempre alegre, fazendo brincadeiras, lembro que sua felicidade era ver todos os seus filhos sentados envolta daquela mesa enorme da cozinha para comer, da sua empolgação ao cantar, louvar aos Orisas, ta sua alegria que contagiava todos os presentes em nossa casa, seja em dia de festa ou não.



Sempre chega a hora da solidão, Sempre chega a hora de arrumar o armário
Sempre chega a hora do poeta a plêiade, Sempre chega a hora em que o camelo tem sede


O tempo passa e engraxa a gastura do sapato, Na pressa a gente não nota que a Lua muda de formato, Pessoas passam por mim pra pegar o metrô, Confundo a vida ser um longa-metragem, O diretor segue seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos, E já não vai mais ao cinema



Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você



Penso quando você partiu, Assim... sem olhar pra trás
Como um navio que vai ao longe, E já nem se lembra do cais
Os carros na minha frente vão indo E eu nunca sei pra onde
Será que é lá que você se esconde?



Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você



A idade aponta na falha dos cabelos, Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário, As meninas viram a página do diário



O tempo faz tudo valer a pena E nem o erro é desperdício
Tudo cresce e o início Deixa de ser início
E vai chegando ao meio Aí começo a pensar que nada tem fim...