domingo, 2 de junho de 2024

Caboclo Pena Branca

 


Pena Branca nasceu em aproximadamente 1425, na região central do Brasil, hoje, entre Brasília e Goiás, onde seu pai era o Cacique da tribo.
Era o filho mais velho de seus pais e desde cedo se mostrou com um diferencial entre os outros índios da mesma tribo, era de uma extraordinária inteligência. Na época não havia o costume de fazer intercâmbios e trocas de alimentos entre tribos, apenas algumas tribos faziam isto, pois havia uma cultura de subsistência, mas o Cacique Pena Branca foi um dos primeiros a incentivar a melhora de condições das tribos, e por isso assumiu a tarefa de fazer intercâmbios com outras tribos, entre elas a Jê ou Tapuia e Nuaruaque ou Caríba.
Quando fazia uma de suas peregrinações ele conheceu na região do nordeste brasileiro (hoje Bahia), uma índia Tupinambá que viria a ser a sua mulher, chamava-se “Flor da Manhã” a qual foi sempre o seu apoio.

Certo dia Pena Branca estava em cima do Monte Pascoal no sul da Bahia, e foi o primeiro a avistar a chegada dos portugueses nas suas naus, com grandes cruzes vermelhas no leme. Esteve presente na primeira missa realizada no Brasil pelos Jesuítas, na figura de Frei Henrique de Coimbra. Desde então procurou ser o porta-voz entre índios e os portugueses, sendo precavido pela desconfiança das intenções daqueles homens brancos que ofereciam objetos, como espelhos e pentes, para agradá-los.

Aprendeu rapidamente o português e a cultura cristã com os jesuítas.

Teve grande contato com os corsários franceses que conseguiram penetrar (sem o conhecimento dos portugueses) na costa brasileira – muito antes das grandes invasões de 1555 – aprendeu também a falar o francês. Os escambos, comércio de pau-brasil entre índios e portugueses, eram vistos com reservas por Pena Branca, pois ali começaram as épocas de escravidão indígena e a intenção de Pena Branca sempre foi a de progredir culturalmente com a chegada desses novos povos, aos quais ele chamava de amigos.

O Cacique Pena Branca faleceu no ano de 1529, com 104 anos de idade, deixando grande saudade a todos os índios do Brasil, sendo reconhecido na espiritualidade como servidor na assistência aos índios brasileiros, junto com outros grandes espíritos, como o Cacique Cobra Coral e Cacique Tupinambá.

Apesar de não ter conhecido o Padre José de Anchieta em vida, já que este chegou ao Brasil em meados de 1554, Pena Branca foi um dos espíritos que ajudou este abnegado jesuíta no seu desligamento desencarnatório e por isso Padre José de Anchieta trabalha atualmente em conjunto com Mestre Pena Branca.

Yemanjá Assaba


 

Yemanjá Assaba ou Sobá é a sexta Yemanjá, senhora do Algodão, esposa de Orumilá Ifá, traz o dom da previsão.

Seus filhos costumam ter o dom da videncia ou são intuitivos, por isso a intitulamos como velha, a mais velha, devido ao sei Itan que conta porque ela manca, em sua dança ela faz o gesto de mancar, mais isso é para lembrar a luta que teve com Esu, no qual teve a perna ferida, brinca com as mãos imitando o balanço das águas, é jovem, apesar de ser uma das Yemajás mais velhas, razinza e feiticeira, fala de costas, fia as roupas de Osala, comanda as camadas profundas do mar.
Tem ligação com Omulu, Osun karê e Osala, usa uma corrente de prata no tornozelo, veste branco e prata e adora pérolas, traz o abebê e seus pedidos e fundamentos são feitos em um amontoado de algodão.

Um pouco sobre Yemanjá

Yemajá ou Yemoja

Vem da expressão Iorubá Yéyé omo ejá ("Mãe cujos filhos são peixes")

Existem algumas representações utilizadas para Yemanja como Asèssu, Iemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja ou Yemoja, é um orixá africano. Na Mitologia Yoruba, a dono do mar é Olokun que é o Pai de  Yemojá.

Yemojá, é saudada com Odò (rio) ìyá (mãe) pelo povo Egbá, por sua ligação com Olokun, Orixá do mar (masculino (em Benin) ou feminino (em Ifé)), muitas vezes é referida como sendo a rainha do mar em outros países. Cultuada no rio Ògùn em Abeokuta.

A rainha do mar, também é conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta.

Pierre Verger ou Pierre Edouard Leopold Verger foi um fotógrafo e etnólogo autodidata franco-brasileiro, babalawo, que é um sacerdote Yoruba. Verger dedicou a maior parte de sua vida ao estudo da diáspora africana, as religiões afro-derivadas do novo mundo, bem como os seus fluxos culturais e econômicos resultando de e para a África. No livro Dieux D’Afrique registrou: “Yemanjá, é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. Com as guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas, transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade, e o rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o orixá do ferro e dos ferreiros.”

No Brasil, Iemanjá é muito popular entre os seguidores de religiões afro-brasileiras. Em Salvador ocorre no dia 2 de Fevereiro, uma das maiores festas do país em homenagem à “Rainha do Mar”. A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão levando uma  variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.

Outra festa importante dedicada a Yemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a dividade. A celebração também inclui o tradicional “Banho de pipoca” e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orisá.


Existem algumas qualidade de Yemanjá:

Yemowô – que na África é mulher de Oxalá,

Iyamassê – é a mãe de Sàngó,

Yewa – rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá,

Olossa – lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún,

Ogunté – que casa com Ògún Alagbedé,

Asèssu – muito voluntariosa e respeitável,

Saba ou Assabá – está sempre fiando algodão, é a mais velha e ao mesmo tempo é a mais jovem.


* Arquétipo dos seus filhos:
Voluntarioso
Fortes
Rigorosos
Protetores
Caridosos
Solidários em extremo
Ingênuos
Amigo
Tímido
Vaidosos com os cabelos principalmente
Altivos
Temperamentais
Algumas vezes impetuosos e dominadores
Tem um certo medo do mar.

No Brasil, Iemanjá na versão de Pierre Verger, representa a mãe que protege os filhos a qualquer custo, a mãe de vários filhos, ou vários peixes, que adora cuidar de crianças e animais domésticos