sexta-feira, 7 de junho de 2013

Folhas Litúrgicas

Èsù 
Odun-dun = Folha-da-costa 
Teté = Bredo sem espinhos 
Orim-rim = Alfavaquinha 
Pepé = Malmequer bravo 
Labre = Tiririca 
Kanan-kanan = Folha de bobó 
Kan-kan = Cansanção de porco 
Inã = Cansanção branco de leite 
Aberê = Picão-da-praia, carrapicho-de-agulha

Ogún 
Mariwô = Folha de palmeira de dendê 
Ìróko = Folha-de-loko 
Pepé = Malmequer bravo 
Teterégún = Canela-de-macaco 
Monam = Parietária 
Aferê = Mutamba 
Piperégún = Nativo 
Obô = Rama de leite 
Eregê = Erva-tostão, graminha 
Ibin = Folha-de-bicho 
Afoman = Erva-de-passarinho 
Omun = Bredo
Orin-rin = Alfavaquinha 
Odun-dun = Folha-da-costa (saião) 
Teté = Bredo sem espinhos 
Já = Capeba 
Anó-peipa = Cipó-chumbo

Osóosi 
Teté - Bredo sem espinhos 
Orin-rin - Alfavaquinha 
Odun-dun - Folha-da-costa 
Jacomijé - Jarrinha 
Irekê-omin - Dandá do brejo
Piperégún - Nativo
Junçá - Espada de Ògún 
Iróko - Folha de loko 
Mariwô - Folha de dendezêiro 
Irum-perlêmin - Capim cabeludo 
Akoko Fitiba - Cana-fita 
Monam - Parietária 

Òsányín 
Ganucô - Língua de galinha 
Obô - Rama de leite 
Aferé - Mutamba 
Tolu-tolu - Papinho-de-peru 
Monam - Parietária
Jamin - Cajá 
Bala - Taioba 
Teterégún - Canela-de-macaco 
Timim - Folha de neve branca, cana-do-brejo 
Pepé - Malmequer bravo 
Mariwô - Folha de dendezeiro 
Awô-pupa - Cipó-chumbo 
Junçá - Espada de Ògún 
Piperégún - Nativo 
Arê-agê - Tostão 
Simim-simim - Vassourinha 
Afoman - Erva-de-passarinho 
Omim - Alfavaquinha 
Teté - Bredo sem espinho 
Odum-dum - Folha-da-Costa 

ÒSÙMÀRÈ 
Ìróko - Folha de Ìróko 
Monan - Parietária, brotozinho 
Bala - Taioba 
Jamin - Cajá 
Aberê-ejó - Pente de Òsúmarè 
Aferê - Mutamba 
Obô - Rama de leite 
Exibatá - Golfo redondo do monam 
Jacomijé - Jarrinha 
Tinim - Folha da neve branca, cana-de-brejo 
Peculé - Mariazinha
Tolu-tolu - Papinho-de-peru

SÒNGÓ 
Teté - Bredo sem espinhos 
Orin-rin - Alfavaquinha 
Odum-dum - Folha da costa 
Jacomijé - Jarrinha 
Bamba - Folha de mibamba 
Alapá - Folha de capitão 
Pepê - Folha de loko 
Oicô - Folha de caruru 
Xerê-obá - Chocalho de xangô 
Oxé-obá - Birreiro 
Monan - Parietária 
Aferé - Mutamba 
Obô - Rama de Leite 
Odidí - Bico-de-papagaio 
Obaya - Beti-cheiroso - macho ou fêmea

OYA 
Teté - Bredo sem espinho 
Orim-rim - Alfavaquinha 
Odum-dum - Folha-da-costa 
Jacomijé - Jarrinha 
Afomam - Erva-de-passarinho 
Abauba - Folha de imbaúba 
Tepola - Pega pinto 
Eregê - Erva-tostão 
Já - Capeba 
Obayá - Beti-cheiroso 
Piperégún - Nativo 
Ìróko - Folha de loko
Pepé - Malmequer 
Teterégún - Canela-de-macaco 
Junça - Espada de Ògún 
Adimum-ade-run - Folha de fogo 
Obe-cemi-oia - Espada de Oyámésèèsán rosa 
Monan - Parietária 
Bala - Taioba 
Jamim - Cajá 
Aferé - Mutamba 
Gunoco - Língua-de-galinha 
Obô - Rama de leite

ÒSUN 
Teté - Bredo sem espinhos 
Orim-rim - Alfavaquinha 
Odum-dum - Folha da costa 
Efim - Malva branca 
Omim - Beldroega 
Já - Capeba 
Ìróko - Folha de loko 
Pepe - Malmequer branco 
Teterégún - Canela de macaco 
Monan - Parietária 
Jamin - Cajá 
Tolu-tolu - Papinho de peru 
Aferé - Mutamba 
Eim-dum-dum - Folha da fortuna 
Obô - Rama de leite 
Omin-ojú - Golfo branco 
Ilerin - Folha de vintém 

YEMONJA 
Teté - Bredo sem espinhos 
Orim-rim - Alfavaquinha 
Odum-dum - Folha da costa 
Efim - Malva branca 
Omin-ojú - Golfo branco 
Jacomijé - Jarrinha 
Ibin - Folha de bicho 
Já - Capeba 
Obaya - Beti-cheiroso 
Ìróko - Folha de loko 
Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo 
Ereximominpala - Golfo de baronesa 
Teterégún - Canela de macaco 
Monam - Parietária 
Jamim - Cajá 
Obô - Rama de leite 

OBÀLÚWÀIYÉ 
Monam Parietária - brotozinho 
Bala - Taioba 
Jamim - Cajá 
Aferé - Mutamba 
Obó - Rama de leite 
Exibatá - Ovo redondo de monãn
Jakomijé - Jarrinha 
Afoxian - Erva de passarinho 
Já - Capeba 
Turin - Folha de neve branca 
Pekulé - Mariazinha 
Tolu-tolu - Papinho de peru

ÒÒSÀÀLÀ 
Teté - Bredo sem espinhos 
Orim-rim - Alfavaquinha 
Odum-dum - Folha-da-costa 
Ibim - Folha de bicho 
Efim - Malva branca 
Ilerim - Folha de vintém 
Omim - Beldroega 
Omim-ojú - Golfo branco 
Jacomijé - Jarrinha 
Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo 
Pachorô - Folha da costa branca 
Monam - Parietária 
Peculé - Parioba 
Bala - Taioba 
Jamim - Cajá 
Ori-dum-dum - Folha da fortuna 
Aferê - Mutamba 
Obô - Rama de leite 
Omim-ibá-ojú - Folha de leite

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ervas de Oxalá

Alecrim de Caboclo: Erva de Oxalá, porém mais exigido nas obrigações de Oxóssi. Não possui uso na medicina popular.

Alecrim de Tabuleiro: Erva empregada nas obrigações, nos abô e é um maravilhoso afugentador de larvas astrais, razão pela qual deve-se usá-lo nos defumadores, quer das casas de culto. Não possui uso na medicina popular.

Alecrim do Campo: Seu uso se restringe a banhos de limpeza. É muito usado nas defumações de terreiros de Umbanda. Em seu uso medicinal resolve o reumatismo, aplicado em banhos.

Angélica: Tem emprego ritualístico muito reduzido. Sua flor espanta influências malignas e neutraliza a emissão de ondas negativas. É aplicado na magia do amor, propiciando ligações amorosas. A flor também é usada como ornamento e dá-se de presente na vibração do que quer. Não possui uso na medicina popular.

Funcho: Empregada em todas as obrigações de cabeça, nos abô e em banhos de limpeza. Usa-se, do mesmo modo, para tirar mão de Zumbi. O povo dá-lhe bastante prestígio como excitante e para as mulheres aumentarem a secreção de leite. Eficaz na liberação de gases intestinais, cólicas, diarréias, vômitos. É usado no tratamento dos males aqui referidos quando se trata de crianças.

Araçá: As folhas são aplicadas em quaisquer obrigações de cabeça e nos abô. Usada de igual sorte nos banhos de purificação. O povo indica esta espécie como um energético adstringente. Cura desarranjos intestinais e põe fim às cólicas. Usam-se folhas e cascas em cozimento.

Barba de Velho: Aplicadas em todas as obrigações de cabeça referentes a qualquer orixá. Usa-se também após as defumações pessoais feitas após o banho. A medicina caseira indica seu uso tópico no combate às hemorróidas.

Baunilha verdadeira: Aplicada nas obrigações de cabeça e na tiragem de Zumbi. A medicina popular indica esta erva no restabelecimento do fluxo menstrual. São usadas folhas e caule, em chá. Debela as hipocondria, as tristezas e é energético afrodisíaco. É preconizada para pôr fim à esterilidade.

Calistemo Fênico: É uma extraordinária mirtácea que entra em qualquer obrigação de cabeça, ebori, feitura de santo, lavagem de contas, tiragem de Zumbi ou tiragem da mão de cabeça. Medicinalmente é usada em doenças do aparelho respiratório, bronquites, asma e tosses rebeldes. Aplica-se o chá.

Camélia: Vegetal muito usado na magia amorosa. É captadora de fluidos positivos, a flor. Usada, aproxima uso na medicina popular.

Camomila Marcela: Sua aplicação é restrita nas obrigações ritualísticas. Usa-se, entretanto, nos banhos de descarrego e nos abô.

Carnaúba: Só tem aplicação em abô feito da folha, que basta para cobrir a cabeça e, depois, cobrir-se a cabeça durante doze horas, fugindo aos raios solares. É fortalecimento da aura e alimento da cabeça. A vela de cera de carnaúba é a melhor iluminação para o orixá.

Cinco Folhas: Aplicada em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de descarrego. A medicina caseira indica esta erva como eficaz depurativo do sangue.

Cipó-cravo: Não possui uso ritualístico. Na medicina caseira atua como debelador das dispepsias e dificuldade de digestão. Usa-se o chá ao deitar. É pacificador dos nervos e propicia um sono tranqüilo. A dose a ser usada é uma xícara das de café ao deitar.

Colônia: Possui aplicação em todas as obrigações de cabeça. Indispensável nos abô e nos banhos de limpeza de filhos-de-santo. Aplicada, também, na tiragem de Zumbi, para o que se usa o sumo. Como remédio caseiro põe fim aos males do estômago. Usado como chá (pendão ou cacho floral).

Cravo da Índia: Utilizada em qualquer obrigação de cabeça, nos abô e nos abô de cabeça. De igual sorte, participa dos banhos de purificação dos filhos dos orixás a que pertence. O povo tem-no como ótimo nos banhos aromáticos, o cozimento de suas folhas e cascas debelam a fadiga das pernas em banhos de assento.

Erva de Bicho: Usada em banhos de purificação de filhos-de-santo, quaisquer que sejam e que vão submeter-se a obrigações de santo ou feitura de santo. É positiva a limpeza que realiza e possante destruidora de fluidos negativos. O povo indica esta planta em cozimento (chá) a fim de curar afecções renais.

Espirradeira: Participa em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos abô de ori. A medicina do povo indica o suco dessa planta, em uso externo, contra a sarna e para pôr fim aos piolhos.

Estoraque Brasileiro: Sua resina é recolhida e reduzida a pó. Este pó, misturado com benjoim, é usado em defumações pessoais. Essa defumação destina-se a arrancar males. O povo aconselha o pó desta no tratamento das feridas rebeldes ou ulcerações, colocando o mesmo sobre as lesões.

Eucalipto Cidra: Empregado em todas as obrigações de cabeça, em banhos de descarrego ou limpeza de Zumbi. Na medicina caseira é usado nas afecções dos brônquios, em chá.

Eucalipto Murta: Empregado em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de limpeza. A medicina caseira indica-o nas febres e para suavizar dores. Recomendado também nas doenças do aparelho respiratório.

Fava de Tonca: A fava é usada nas cerimônias do ritual, o fruto é usado depois de ser reduzido a pó. Este pó é aplicado em defumações ou simplesmente espalhado no ambiente. Anula fluidos negativos, afugenta maus espíritos e destrói larvas astrais. Propicia proteção de amigos espirituais. Não possui uso na medicina popular.

Fava Pichuri: No ritual de Umbanda e Candomblé usa-se o fruto, a fava, que reduz a pó, o qual é aplicado espalhando-se no ambiente. Aplica-se, igualmente, em defumações que atraem bons fluidos. É afugentador de eguns e dissolvedor de ondas negativas, anulando larvas astrais.

Folha da Fortuna: É usada em todas as obrigações de cabeça, em banhos de limpeza ou descarrego e nos abô de qualquer filho-de-santo. Na medicina popular é muito eficaz acelerando cicatrizações, contusões e escoriações, usando-se as folhas socadas sobre o ferimento.

Girassol: Tem aplicação no ritual. Usa-se nas obrigações de cabeça e nos abô e banhos de descarrego. Tem grande prestígio nas defumações, em face de ser anuladora de eguns e destruidora de larvas astrais. Nas defumações usam-se as folhas e nos banhos colocam-se, também, as pétalas das flores, colhidas antes do sol. Não possui uso na medicina popular.

Golfo de flor branca: Planta aplicada em obrigações de cabeça, ebori e banhos dos filhos de Oxalá. O povo indica suas raízes como adstringente e narcóticas, mas lavadas, debelam a disenteria e, as flores, as úlceras e leucorréia.

Guaco cheiroso: Aplica-se nas obrigações de cabeça e em banhos de limpeza. Popularmente, esta erva é conhecida como coração-de-Jesus. Medicinalmente, combate as tosses rebeldes e alivia bronquites agudas, usando-se o xarope. Como antiofídico (contra o veneno de cobra), usam-se as folhas socadas no local e, internamente, o chá forte.

Hortelã da horta: conhecida como hortelã de tempero e, deste modo, muito usada na culinária sagrada e na profana também. Entra nas obrigações de cabeça alusivas a qualquer orixá. Participa do abô dos filhos-de-santo. Popularmente é conhecido como eficiente debelador de tosses rebeldes; de bons efeitos nas bronquites é muito útil no tratamento da asma. É excitante e fortalecedor do estômago.

Jasmim do Cabo: Seu uso restringe-se ao adorno de pejis em jarra ladeando Oxalá. Não possui uso na medicina popular.

Laranjeira: As flores são aplicadas nas obrigações de ori. São também indicadas em banhos. Para o povo, o chá desta erva é um excelente calmante.

Lírio do Brejo: Usam-se as folhas e flores nas obrigações de ori, nos abô e nos banhos de limpeza ou descarrego. O povo emprega o chá das raízes como estomacal e expectorante.

Malva Cheirosa: Usada nas obrigações de cabeça, nos abô e banhos de purificação de filhos-de-santo. O povo a indica como desinflamado-ra nas afecções da boca e garganta. É emoliente, propiciando vir a furo os tumores da gengiva. Usa-se em bochechos e gargarejos.

Malva do Campo: Seu uso se restringe aos banhos descarrego e limpeza. Em seu uso popular possui o mesmo valor da malva cheirosa.

Mamona: Esta erva é muito utilizada como recipiente para se arriar ebó para Exu. Não possui uso na medicina popular.

Manjericão Miúdo: Usada na preparação de abô e nos banhos de purificação dos filhos a entrar em obrigações ou serem recolhidos. É considerado pela medicina caseira como excelente eliminador de gases.

Manjerona: Entra em todas as obrigações de ori, em banhos de limpeza ou descarrego e nos abô. A medicina popular aplica-a como corretiva de excessos de excitações sexuais, abrandando os apetites do sexo.

Mastruço: Não possui aplicação em nenhuma cerimônia ritualística. Porém na medicina caseira é extraordinário tratamento das afecções pulmonares, nota-damente nas pleurisias secas ou com derrame. desta erva é usado o sumo, simples ou misturado com leite. Quantas vezes queira o doente.

Mil em Rama: Não possui uso ritualístico. É adstringente e aromática. Indicada em doenças do peito, hemorragias pulmonares e hemoptise.

Narciso dos Jardins: Esta erva é somente usada para o assentamento. A medicina caseira o tem como planta venenosa.

Noz de Cola: Erva indispensável nos banhos dos filhos de Oxalá. Para o banho, rala-se a semente, o obi, misturando-se com água de chuva. A medicina popular indica esta erva como tônico fortificante do coração. É alimento destacado em face de diminuir as perdas orgânicas, regulando o sistema nervoso.

Noz Moscada: Desta erva utiliza-se o pó em mistura com a canela também em pó. Isto feito, espalha-se no ambiente caseiro ou em lugar onde se exerce atividade, para melhoria das condições financeiras. É também usado como defumador. Não possui uso na medicina popular.

Patchuli: Erva usada em todas as obrigações de ori, ebori, feitura de santo, lavagem de contas e tiragem de Zumbi. É parte dos abô que se aplicam aos filhos-de-santo. A medicina popular indica o patchuli como possuidor de um principio ativo que é inseticida.

Poejo: Entra em todas as obrigações de ori de filhos-de-santo, quaisquer que sejam os orixás dos referidos filhos. Popularmente, atenua os males do aparelho respiratório aconselhando o uso do cozimento das folhas e ramos. Muito eficaz nas perturbações da digestão, usando-se o chá.

Rosa Branca: Participa de todas as obrigações de cabeça. Usa-se, inicialmente, na lavagem do ori, ato preparatório para feitura. O povo consagrou-a como laxativo branco e aplicável no tratamento da leucorréia (corrimento) sob forma de lavagens e chá ao mesmo tempo. Como laxativo, é aplicado o chá.

Saião: Entra em todas as obrigações de cabeça, quaisquer que sejam os filhos e os orixás. Utilizada também no sacrifício ritual. Medicinalmente, é utilizada para evitar a intolerância nas crianças. Dá-se misturado o sumo, com leite. Em qualquer contusão, socam-se as folhas e coloca-se sobre o machucado, protegido por algodão e gaze. Do pendão floral ou da flor prepara-se um excelente xarope que põe fim a tosses rebeldes e bronquites.

Sálvia: Suas folhas e flores são utilizadas nas obrigações de cabeça, nos abô e banhos de limpeza dos filhos dos orixás a que pertence. Usada pelo povo como tônico adstringente. Emprega-se em casos de suores profundos, com grande efeito positivo, contra as aftas e feridas atônicas da boca. É grande aperiente (desdobradora do apetite).

Sangue de Cristo: Emprega-se em ebori, lavagem de contas e feitura de santo, e usa-se nos abô dos filhos de Oxalá. É conhecido popularmente como adstringente e tônico geral. Usa-se o chá ou cozimento das folhas como contraveneno.

Umbu: Possui aplicação em todos os atos da liturgia afro-brasileira, ebori, abô, feitura de santo e lavagens de cabeça e de contas. Bastante usada com resultados positivos nos abô de ori e nos banhos de purificação. O povo utiliza suas cascas em cozimento, para lavagens dos olhos e para pôr fim às moléstias da córnea.

Ervas de Oxaguian Cabe salientar que Oxaguian usa as mesmas ervas que Oxalá.

Ervas de Yemanjá

Alcaparreira – Galeata: Muito usada nos terreiros do Rio Grande do Sul. Entra nas mais variadas obrigações do ritual, sendo utilizadas para isso folhas e cascas. Também é muito prestigiada nos abô de preparação dos filhos, para obrigação de cabeça e nos banhos de limpeza. As cascas e raízes popularmente vem sendo usadas como diuréticos. Seus frutos são comestíveis e deles é preparada uma geléia eficaz contra picadas de cobras e insetos venenoso.

Altéia – Malvarisco: Muito empregada nos banhos de descarrego e na purificação das pedras dos orixás Nanã, Oxum, Oxumarê, Yansã e Yemanjá. Muito prestigiada nos bochechos e gargarejos, nas inflamações da boca e garganta.

Aracá-da-praia: Planta arbórea pertencente a Yemanjá e a Oxóssi. É empregada nas obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos dos orixás a que pertence. No uso popular cura hemorragias, usando-se o cozimento. Do mesmo modo também é utilizado para fazer lavagens genitais.

Araticum-de-areia – Malolô: Liturgicamente, os bantos a usam nos banhos de descarrego, sem mistura de outra erva. A medicina caseira indica a polpa dos frutos para resolver tumores e o cozimento das folhas no tratamento do reumatismo.

Coco-de-iri: Sua aplicação se restringe aos banhos de descarrego, empregando-se as folhas. A medicina caseira indica as suas raízes cozidas para por fim aos males do aparelho genital feminino. É usado em banhos semicúpios e lavagens.

Erva de Santa Luzia: Muito usada nas obrigações de cabeça, ebori, lavagem de contas, feitura de santo e tiragem de zumbi. De igual maneira, também se emprega nos abô, banhos de descarrego ou limpeza dos filhos dos orixás. A medicina popular a consagrou como um grande remédio, por ser de grande eficácia contra o vício da bebida. O cozimento de suas folhas é empregado contra doenças dos olhos e para desenvolver a vidência.

Fruta-da-Condessa: Tem aplicação nas obrigações de cabeça, nos banhos de descarrego e nos abô. É de grande importância na medicina popular, pois suas raízes em decocto são um grande remédio para a epilepsia. Toma-se meio copo três vezes ao dia. Apesar da irreversibilidade da doença.

Graviola – Corosol: Tem plena aplicação nos abô dos orixás, nos banhos de abô e nos de limpeza e descarrego. É indispensável aos filhos recolhidos para obrigações de cabeça beberem uma dose do suco pela manhã. O povo usa a graviola nos casos de diabete, aplicando o chá.

Guabiraba anis: Aplicada em todas as obrigações de cabeça, nos abô de uso geral e nos banhos de purificação e limpeza dos filhos dos orixás. Utilizadas do mesmo modo nos abô de ori. A medicina popular a utiliza para pôr fim nas doenças dos olhos (conjuntivites). Banhos demorados favorecem aos sofredores de reumatismo.

Jequitibá rosa: Sem uso ritualístico. Para a medicina caseira ele é um poderoso adstringente. Milagroso no tratamento das leucorréias (corrimento); o cozimento das cascas é eficaz nas hemorragias internas, cura angina e inflamações das amígdalas.

Maçã-de-cobra: Usada nas obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de descarrego e limpeza. Não possui uso na medicina popular.

Musgo marinho: Esta planta vive submersa nas águas do mar. É planta que entra nas obrigações de ori e nos banhos de limpeza dos filhos de Yemanjá. Os musgos são utilizados pela medicina caseira nas perturbações das vias respiratórias.

Pata de vaca : empregada nos banhos de descarrego e nos abô, para limpeza dos filhos dos orixás a que pertence. A pata de vaca, na medicina popular, é indicada para exterminar diabetes, e por essa razão, é tida como insulina vegetal. Também cura leucorréia em lavagens vaginais.

Trapoeraba azul – Marianinha: Esta planta é aplicada em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de limpeza e purificação. Também é axé integrante dos assentamentos do orixá a que pertence. No uso popular a erva é utilizada contra os efeitos de picadas de cobras. É também diurética e age contra o reumatismo. Os filhos da deusa das águas salgadas banham-se periodicamente com esse tipo de vegetal.

Unha de vaca: Aplicada em banhos de descarrego dos filhos da deusa. Na medicina caseira é utilizado como adstringente. Aplicado em lavagens locais e banhos semicúpios para combater males ou doenças do aparelho genital feminino.