quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Um pouco sobre a Pombo Gira Cigana

A Pombogira Cigana, são reconhecidas tbm pelo cumprimento do terreiro exibindo o tridente (o gesto indiano de trishula) com os dedos.

Seu dançar é leve e ao mesmo tempo pesado como os demais Esus, tem um certo tremular na mão (devido às castanholas ou pandeiro).
Como as Ciganas do Oriente, giram muito. Seus rostos apresentam uma certa alegria nervosa quando chegam no terreiro, mas logo fecham-se em um rosto muito severo mas leve.
Sua fala é mansa, as vezes Seca, irônica, às vezes rude. 
Não procura ser simpática, sendo às vezes até dasaforada, mas sempre, em sua malícia, despertam afinidades junto ao público feminino que as procuram para tratar de assuntos como falta de emprego, dinheiro, amor. Ela também trabalha em demandas pesadas e às vezes "cruzam-se"
(afinizam-se) com o Povo do Cemitério. Algumas delas dizem-se "do forno", "do cemitério", "da calunga", mantendo como par vibratório um Esu.
Geralmente usam vermelho e evita o preto guardando uma antipatia por essa cor por julgá-la "de má sorte", “de luto”.
Suas oferendas aceitam mel e o azeite-de-dendê, simultaneamente. Fumam cigarros, cigarrilhas e algumas ciganas fumam charutos, à semelhança de algumas mulheres desse povo, geralmente as mais velhas.
Essa pombogia é uma entidade liminar entre o Povo de Esu e o Povo Cigano. Ela não é de todo um, nem de todo, outro.
Sempre tem um nome próprio. Assim, como exemplo, a pombogira cigana dirá chamar-se "Pombogira Cigana Fulana da Estrada", utilizando-se qualquer nome próprio válido dentro da grande relação existente para essas entidades.

HISTÓRIA

Pombo Gira Cigana Rosita nasceu na Índia, mas possui suas origens da Espanha.
De pele morena clara e olhos esverdeados como o do seu pai, a cigana Rosita cresceu alheia a todos os conflitos que sua poderosa família de ciganos vivenciou enquanto ela ainda era muito pequena.
Bela e faceira, influenciada pela sua mãe, aprendeu as danças e as magias do amor. Tinha um especial dom para as castanholas, tornando-se a melhor cigana da tribo a tocá-las, encantando a todos ao seu redor.
De pele clara, cabelos longos e castanhos até a cintura e corpo esbelto, a cigana não usava lenços na cabeça, o que era incomum. Ela usava blusas brancas de mangas bufantes e saias estampadas com flores amarelas e rosa escuro. Trazia sempre consigo uma faixa rosa amarrada na cintura. Gostava de usar argolas de ouro e um cordão também de ouro com um pingente de quartzo rosa. Nos dedos anéis com pingentes de moedas antigas, de sol, de lua, de estrela e também de sino.
Sua característica mais marcante é o seu jeito de dançar. Por ter nascido na Índia, ter vivido muito tempo no Marrocos e também pela origem espanhola, sua dança carregava a inspiração desses locais, tendo uma forma única e diferenciada de dançar. Tinha o seu próprio estilo e tocava as castanholas como ninguém. Seus traços são espanhóis, mas a forma de se portar e de conversar são tipicamente marroquinas, onde vivem parte de sua infância e adolescência e onde fez muitos amigos. Ela costuma trabalhar, assim como sua mãe, na linha do amor.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Historia Pombo Gira Mulambo

Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo, linda e delicada, sempre tratada com carinho e as pessoas a chamavam de princesinha.

Aos 15 anos, foi pedida em casamento para enlace com o filho do Rei de 40 anos, mas foi um casamento sem amor, apenas para unir fortuna.    Passaram-se muitos anos e Maria não engravidava e o Rei precisava de um sucessor. Maria sofria em um casamento sem amor e ainda chamavam-na de árvore seca.  Nessa época, toda mulher que não tinha filhos era chamada desse nome, além de ser amaldiçoada.

Paralelamente a isso,  Maria praticava a caridade, vivia no meio de povoados pobres ajudando os doentes. Nessas idas e vindas, conheceu um homem dois anos mais velho que ela, era viúvo recentemente e tinha três filhos dos quais cuidava com muito amor e carinho.  Foi amor à primeira vista, mas os dois não se aceitavam.

O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria considerada rainha daquele país.   O povo adorava Maria, mas alguns com inveja a consideravam árvore seca.

No dia da coroação, o povo não sabia o que oferecer a Maria, então, fizeram um tapete de flores para que ela fosse conduzida ao local.  Maria se emocionou, mas o Príncipe, agora Rei, não gostou. Ao chegara a casa, trancou-a no quarto e lhe deu a maior surra e a partir daí, Maria sofria muito com diversos socos e pontapés diários.

Mesmo machucada, Maria não parou com a caridade.  Foi aí que seu amado resolveu se declarar e pediu para que eles fugissem escondidos, assim viveriam  aquele grande amor.  Combinaram tudo! As crianças ficariam com os pais do rapaz até que tudo se normalizasse.    Maria fugiu apenas com a roupa do corpo, deixando toda riqueza para trás.

Maria passou a viver na pobreza, mas era feliz e engravidou! A notícia correu por todo o país e chegou aos ouvidos do Rei. Ele se desesperou em constatar que era a árvore seca. Ficou louco e desejava muito limpar sua honra.

Sendo assim, o Rei pediu para que os guardas prendessem Maria que passou a ser chamada de Maria Mulambo. Ele ordenou que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e a jogassem na parte mais funda do rio.

Ninguém ficou sabendo desse crime, mas sete dias depois do acontecido, começaram a nascer flores às margens do rio, o que nunca havia ocorrido naquele local e também havia abundância de peixes.

Seu amado desconfiou e mergulhou nas águas do rio, encontrando o corpo de Maria que mesmo depois de dias estava intacto. Seus mulambos haviam se transformado em roupa de rainha coberta de joias. Velaram seu corpo e fizeram uma cerimônia digna de rainha e, posteriormente, cremaram seu corpo.   Logo após,  o Rei enlouqueceu e seu amado nunca mais se casou.

Maria Mulambo mostra-se sempre linda e sedutora, gosta de licores, batons e cigarrilhas de boa qualidade.

Sua missão é tratar do lixo espiritual, curar depressão e fazer cada um confiar mais em si e em sua própria potencialidade!

Laroiê Mulher Maria Mulambo!!! Salve! Salve!

História Pombo Gira 7 Encruzilhadas

Pombo Gira nasceu em 914 e faleceu em 952.

Sete Encruzilhadas era morena, de baixa estatura, olhos e cabelos pretos, tinha rosto incomum, era bonita, mas não dentro dos padrões comuns. Sua missão na terra era destrancar os amores.

A entrega de suas oferendas ocorre nas encruzilhadas e as suas cores são vermelho, preto, roxo e maravilha. Os seus símbolos são: o tridente de sete pontas, navalha e punhal.

Esta Pombo-Gira pertence à nação Ketu. Sua comida predileta é muçum com farofa, além disso, gosta muito de galos rinheiros. A sua bebida predileta é Whisky.

Ela era uma linda cortesã que amarrou o coração de um rei francês que a tornou rainha e depois de alguns anos, ele faleceu.

Devido à tenacidade de seu trono, passou a ser cobiçada por outros reinos o que  a levou a se casar novamente. Não demorou muito e ela foi envenenada pelo atual marido que começou a governar da pior maneira possível.

A rainha chegou ao astral perdida no limbo por suas atitudes aqui na terra. Só depois de algum tempo nas trevas, a rainha foi encontrada por seu antigo rei que começou a cuidar dela.

O trabalho deste casal no astral ficou tão conhecido e respeitado que o Exu Belo o nomeou “o Senhor das Encruzilhadas”.  Juntos, passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e com milhares de entidades e fizeram este, o maior reino do astral médio superior: o reino das Sete Encruzilhadas.

Passado algum tempo, o rei que a envenenou veio a falecer, sendo levado ao astral reino das Sete Encruzilhadas. Assustado sem entender nada, foi colocado à frente da rainha a qual ele teve de servir até o resto da eternidade em virtude da falta que cometeu.

É uma entidade calma e tranquila, mas quando chega ao mundo, solta um grito de guerra onde expressa todo o seu poder de vitória.

Saravá, salve, viva Dona Rainha das Sete Encruzilhadas!