terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Ekede trabalha. E como trabalha! Ekede vive para o Orisa


Ekede é amada não só por um Orisa, mas por todos, 

a tal ponto de ser escolhida por eles não para se manifestar, 

mas sim para que ela cuide dele e de suas coisas. 

O Orisa confia na Ekede, a tal de ponto de doar a ela seu Asé, sua força. 

O Orisa quando escolhe sua Ekede, ele bate seu Orí em terra para ela. 

E como reconhecimento por seu esforço, respeito e dedicação, 

essas mulheres abençoadas, recebem honrarias vindas de todos os Reis e Rainhas do Orún.

Ekede, Esu lhe deu a autoridade.

Ekede, Ogun lhe deu a honra de segurar sua espada.

Ekede, Osossi lhe deu o honra de sentar-se a mesa e comer com toda a dignidade.

Ekede, Ossain lhe honra deixando suas folhas em tuas mãos.

Ekede, Omulu lhe honra fazendo com que seu banquete, a comida do Rei seja servida por tuas mãos.

Ekede, Nanã lhe ama e somente você está a frente em seus ases.

Ekede, Osun lhe deu as joias. Você se adorna com a permissão da senhora do ouro.

Ekede, Yemanjá lhe honra lhe fazendo mãe. Por Yemanjá você será chamada de Mãe criadeira do Asé.

Ekede, Logun Edé lhe honra confiando a ti os seus cuidados.

Ekede, Sango lhe honra pois foi tu que preparou o Amalá, bendita é aquela que alimenta o Rei.

Ekede, Oyá se orgulha da sua força de Mãe, Oyá te ama e protege.

Ekede, Obá lhe honra e a exalta, confirmando que a mulher tem força de fazer tudo o que quiser.

Ekede, Osumare lhe honra entregando a ti todas as cores, por isso se traje com zelo em nome deste Orisa.

Ekede, Os Eres lhe honra com sorrisos doces e largos, e lhe respeita mesmo em meio suas peraltices.

Ekede, acima de tudo Osala lhe deu o Adjarin (adjá). 

Por Osala e por Esu foram entregue as Ekedes a chave do Orún.

Será a Ekede que dançará junto a todos os Orisas, ela é quem suavemente fala no ouvido no Orisa ele responde com respeito e gratidão.

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Teu Orisa Nunca Lhe Abandona


 

Teu Orisa nunca lhe abandona, 

escuta o seu choro, 

te ergue, 

te acompanha em todas as situações!

Ele está feliz quando vc está feliz. 

Ele acompanha cada decisão, cada passo dado!

Adora ser louvado... adorado...

Adora dançar as suas histórias ao som do atabaque...

Adora quando escuta vc chamar por ele, 

rezar pra ele, 

cantar pra ele!!! 




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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Sango - Criador do Culto a Egungun


Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Sangô à frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais às de Egungun, vestiram-nas e tentaram assustar os homens que participavam do culto. Todos correram menos Sangô, que ficou e as enfrentou, desafiando os supostos espíritos.

As Iyámis (as terríveis ajés, feiticeiras) pelo seu grande valor no equilíbrio na manifestação da justiça, ficaram furiosas com Sangô. E juraram vingança. 

Em um certo momento em que Sangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente. Ela subiu em um pé de obí, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram e derrubaram a Adubaiyani, a filha que Sangô mais adorava. 

Sangô ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino, que, até então, era muito próspero.

Foi até Orunmilá, que lhe disse, então, que Iyami era quem havia matado sua filha. 

Sangô quis saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orisá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos. 

Assim Sangô fez, seguindo, à risca, os preceitos de Orunmilá.

Sangô conseguiu rever sua filha e tomou para si o controle absoluto dos mistérios de Egungum (ancestrais). Passou, então, a estar sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto. 

Caso essa regra seja desrespeitada, se provocará a ira de Olorun, Sangô, Iku e dos próprios Eguns. Este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais.