sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Como lidar com a consciência durante a incorporação

O desenvolvimento mediúnico 
A consciência é, atualmente, um das mais frequentes razões de dúvida...
E confusão entre os médiuns iniciantes!
Muitos ainda alimentam a ilusão de que um dia sofrerão um apagão...
E de que seu corpo estará totalmente dominado pela entidade...
E quando passam pelas primeiras experiências na mediunidade...
Em que apesar do que sentem no momento, observam e escutam a tudo...
Acreditam que alguma coisa está errada!
O primeiro ponto é entender que não há nenhum problema com a consciência...
Ela não é negativa!
Ao contrário, quando trabalhada com responsabilidade...
Torna-se fonte de grande aprendizado para o médium...
É normal da mente pensar, observar, raciocinar! 
Ela, naturalmente, resiste ao controle!
Para que se aprenda a manter-se passivo diante das atividades da entidade...
Exige-se treino e tempo!
Veja bem, se existe o desenvolvimento mediúnico, é por um bom motivo...
Quando se é novo no caminho da mediunidade, você ainda possui a liberdade de errar...
Não tema, neste período, dar vazão aos impulsos que sente...
O seu discernimento está a amadurecer, e por esta razão possui a dificuldade de distinguir o que é seu e o que é da entidade...
Deixe fluir, com tranquilidade e bom senso! 
Você está ali para aprender, não precisa provar nada...
Na fase de desenvolvimento mediúnico, você sente o impulso para algum movimento ou palavra...
Percebe que o guia deseja passar alguma coisa...
Você age, neste momento, como um intermediário...
Uma espécie de tradutor dos comandos mentais da entidade...
No entanto, isto é temporário!
Com o amadurecimento de sua mediunidade, o processo será instantâneo...
Não haverá mais intermediação, a entidade fará o que precisa e pronto...
É importante não permitir a insegurança e o medo travar a sua manifestação...
Não bloqueie os movimentos e nem palavras! 
Mesmo que alguns equívocos sejam cometidos...
A experiência será necessária para você desenvolver os laços com os guias...
Confie, caso precise de algum pequeno ajuste, o dirigente te orientará tranquilamente...
Aprofunde-se no autoconhecimento!
Conheça o que habita sua alma!
Os sentimentos, pensamentos, memórias, medos e desejos ali guardados...
Este entendimento de si mesmo te fornecerá as bases para distinguir o que é da entidade...
E o que é apenas uma projeção dos seus próprios valores...
Não se apegue à movimentos corporais, nem trejeitos, nem paramentos...
O importante é o que sente!
Se a energia é leve e suave, tudo bem!
Há força no sutil...
O guia não precisa fazer seu corpo tremer por inteiro para você acreditar que ele está presente...
A fé é fundamental neste processo!
Saiba, o médium não é um simples aparelho! 
Tudo o que ele é, de alguma maneira, estará presente na incorporação...
Mesmo para aqueles que se consideram inconscientes...
Lembrar do que houve durante o exercício da mediunidade não é nenhum mal...
Apenas a maneira como a espiritualidade superior decidiu manifestar-se nos tempos atuais...
A espiritualidade é sábia, para tudo o que faz, possui um bom motivo...
Não foi você quem escolheu o tipo de mediunidade que hoje carrega...
Mas sim as altas hierarquias do mundo espiritual...
Se você descobriu-se médium consciente ou mesmo médium semi-consciente, agradeça...
Ela será uma bênção na sua vida!
Para que a caridade aconteça, é secundário se você lembra ou não do aconteceu durante o momento da incorporação...
Basta o bom caráter e o coração disposto ao bem...
O restante, no momento correto aparecerá em seu caminho..

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Itan de Oya - Borboleta

 Oya e ngò viviam juntos nesta fase, Òsún e Obà já não ficavam mais tanto com ngò devido à ira de ngò e os maus tratos que ambas sofriam.

Oya que não leva desaforo para casa e impaciente andava em pé de guerra com o grande Rei que há tempos procurava diversão fora dos limites de seu palácio.
Oya revoltada decidiu fugir, ngò quando chegou ao palácio deu por falta de sua esposa.
Oya desesperada e com medo de voltar para ngò acabou pedindo ajuda a Èsù, já que os dois sempre se deram muito bem.
Oya deu a Èsù todos os materiais que Ele pediu, e, assim Èsù fez um encantamento para Oya.
Toda vez que sentisse medo Ela se transformaria em borboleta que é linda, colorida e inofensiva.
ngò enfurecido e revoltado soltando raios e trovões com a fuga de sua esposa, ao se encontrar com Èsù, Ele lhe disse que não teria visto Oya.
Neste mesmo momento Oya que estava em sua forma de borboleta observava tudo do alto.
Oya voltando a sua forma de Òrìsà perguntou a Èsù, o porquê de se tornar uma borboleta e não outros elementos da natureza.
Èsù lhe respondeu:
Como vento e nervosa Você arrasaria o mundo em vendaval.
Como raio Você acabaria com as aldeias.
Como fogo Você destruiria o mundo.
Com os seus filhos Égùn-gùn Você apavoraria a humanidade.
Como borboleta alem de manter suas cores e perfumes que simbolizam a sorte, Você também será capaz de voar com suas asas ao sabor do vento, afinal de contas quem em seu juízo perfeito mataria uma bela borboleta.
Èsù deixou o local muito feliz e satisfeito, fez com que Oya jamais se tornasse preza de alguém.
Oya feliz se transformou outra vez em uma bela borboleta (símbolo de sorte).
E saiu através dos ventos....

sábado, 12 de dezembro de 2020

Ajè Saligá

https://drive.google.com/uc?export=view&id=1T7YPElOmsVNrYNQoLOl5rNhSm5f_65WC          Ajê Salugá         
É um orixá africano feminino, orixá da riqueza da harmonia, dona da prosperidade do mundo, dona do brilho e orixá funfun (que veste branco) É um orixá calmo, harmonioso e paciente. Seus filhos têm brilho por natureza e transmitem uma energia harmoniosa para o ambiente. Ajé foi criada por Olodumare (Deus Supremo) para trazer aos seres humanos a noção do que é ser próspero e do que é ter progresso na vida, sendo um orixá que reconhece a luta e o esforço da humanidade. Um de seus oríkì (evocações) diz: "Ajé, entre em minha casa! Para que a sorte entre logo no meu lar e na minha vida" (SÀLÁMÌ, 2015, p. 80)

A palavra Ajé pode ser traduzida como Progresso para você, sucesso para você e Que aquilo que você espera de seu trabalho se concretize" (SÀLÁMÌ, 2015, p. 80) 

"Ela, com seu poder, reconhece e remunera o esforço do ser humano. Ajé é o orixá das conquistas humanas e [...] um orixá que também traz o significado do trabalho e da vida. Ela faz com que nossos esforços, nossas tentativas, nossos sonhos e nossa realidade não sejam em vão [...] "- Ògúndáre Sówùmni 

Esse orixá possui como simbolismo a espuma do mar, pois é associada ao brilho e ao destaque na vida que seus devotos atingem e buscam atingir ao cultuá-la

Na Mitologia iorubá, "Ajê Salugá" é considerada filha de Iemanjá com Olokun,
 ambas divindades consideradas donas do mar.