sexta-feira, 8 de maio de 2020

Oríkì Oní Sáà wúre (Saudação ao Senhor do Tempo - Existência)


Oní Sáà wúre (Senhor do Tempo - Existência)
Sáà wúr àṣẹ (Rogamos bênçãos e axé)
Oní Sáà wúre o bẹ́ẹ̀ rí o mọ́ (Senhor do Tempo assim novamente)
Oní Sáà wúre (Senhor do Tempo)
Sáà wúr àṣẹ Bàbá (Rogamos bênçãos ao Pai)
Oní Sáà wúre o bẹ́ẹ̀ rí o mọ́ (Senhor do Tempo assim novamente).
   


domingo, 29 de março de 2020

Mensagem de Reflexão - Terreiros de Candomblé


Ekede para sua família do Sagrado, sua família do Ase





Ontem realizamos um ato de fazer uma entrega pedindo misericórdia a Omulu, pedindo que interceda na Peste do Mundo!!
O ato que realizamos ontem me fez refletir muito sobre as nossas vidas, sobre a igualdade, sobre solidariedade, sobre família, sobre irmandade!!
Nem todos compartilharam suas fotos ou realizaram o ato em si, mais devem ter seus motivos, uns não tiveram tempo, alguns estavam trabalhando, outros apenas escolheram fazer outra coisa...
Chegou o momento de olharmos pra dentro de nós mesmos, de refletir sobre as nossas atitudes, de pensar no outro, de pensar em nossos irmãos..
Estamos perdemos pessoas, será que somente eu enxergo isso?
Quem aqui nunca errou? 
Quem nunca cometeu falhas? Falhas gravíssimas que aos olhos do agora seriam imperdoáveis e foi perdoado da mesma forma, talvez punido, porem perdoado!
Quem nunca faltou ao respeito com sua Iyalorisa, mesmo que pelas costas? (sabemos de tudo) e foram perdoados...
Quem nunca faltou ao respeito com sua Ekede mesmo que pelas costas? E foram perdoados...
Quem nunca aceitou uma situação por obrigação e não por amor, por respeito e não por querer?
Quem aqui nunca teve um pensamento errado? Quem aqui nunca falou mal e desejou mal? 
Todos carregam  o lado bom e lado ruim e só depende de nós escolhermos qual vamos seguir.
Quem nunca pensou em deixar pra trás o que te faz bem por causa de outra pessoa? 
Quem nunca pensou em abandonar tudo em uma situação difícil?
Somos seremos humanos, erramos! E erramos feio, erramos na vida, erramos com nossa família dentro do Asé, com nosso sagrado, erramos com nossos irmãos, erramos com nossos pensamentos, erramos com nós mesmo!
Esse sagrado que nos mantém em pé, esse sagrado onde deixamos os problemas de fora para louvar ao Orisa, louvar nossas entidades, louvar a nossa vida!
Estamos em tempos de deixar briguinhas, fofoquinhas, ciúmes, entre outras coisas pra trás.
Estamos em tempo de amar, amar a nós mesmos para conseguirmos amar o próximo.
Tempo de nos perdoarmos, tempo de deixarmos essas energias negativas pra trás, tempo de deixar as desavenças pra trás, tempo de pedirmos perdão a nossa família, nossos irmãos, tempo de pedir perdão a Olorun, aos Orisás, tempo de perdoar a nós mesmos, dentro de nós! Esse eh o verdadeiro perdão, aquele que esta dentro de nós!

Perguntaram-me se já tinha me arrependido de alguma escolha que decidi na vida! 
Sorri e respondi que não me arrependo das minhas escolhas, se as escolhi eh porque antes algo não ia bem, apenas aperfeiçoei! (Não fique pensando no que deixou pra trás, o que já passou, não volta mais) 
Faça das suas escolhas motivo de honra, pois você eh o único responsável por elas. 
Busque “o mais perfeito para sua vida e das pessoas que vcs amam...”

Às vezes fazemos escolhas erradas, mas não cabe arrependimento a nenhuma delas, a escolha que não foi felicidade, com certeza foi um aprendizado... Por isso estamos aqui nesse mundão para aprender, aprender e evoluir sempre...
Deixo aqui meu Perdão..
Perdoe-me Meu Pai Olorun
Perdoe-me minha mãe Yemanja
Perdoe-me Minha mãe, mãe duas vezes, Fatima e Iyalokun
Perdoe-me meus iluminados Orisás
Perdoe-me meus filhos

Kolofé Mãe
Kolofé minha família!!!

sexta-feira, 27 de março de 2020

Vida - Texto de Reflexão - Religião - Coronavírus (COVID-19)

  


A todos os irmão do sagrado, irmão de fé, irmão da vida, nesse momento guiados por Olorun e os Orisas, guiados por nossos mentores e guias, façamos nossa parte 
FIQUEMOS EM CASA
 Todos estão trabalhando por nós no mundo espiritual!

 Ogum guardou sua espada; 
 Iansã/Oya acalmou seus ventos; 
 Osun deixou de lado seu espelho e em silêncio se pôs a chorar; 
 Yemanjá aquietou as ondas; 
 Os Marinheiros ancoraram em alto mar e, em silêncio, ficaram a contemplar o mar; 
 Osóssi e seus Caboclos na mata decidiram ficar! Ninguém se quer os ouvia bradar. 
 Sangô, do alto da pedreira, em silêncio, ficou a observar. 
 O Boiadeiro guardou seu laço e protegeu sua boiada e seu berrante, deixou de tocar. 
 O acampamento Cigano, outrora alegre, hoje, sem ciganas a bailar, sem pandeiros a tocar, sem cartas a revelar o futuro. 
 Os Baianos não se fazem escutar; Os Erês estão quietinhos ao lado de OXALÁ! 
 Seu Zé ninguém vê dançar, e a Malandragem alegre não desce o morro para conversar. 
 Os Esus caminham silenciosamente pela encruzilhada a observar. 
 As Marias, as Rosas, nossas amadas, Senhoras Pombogiras formosas, não surgem a luz do luar com suas saias a rodar. 
 Na Calunga, profundo silêncio... 
 Na Senzala os Vovôs e as Vovós, com o rosário na mão, intervém junto às Santas Almas pela nossa salvação. 
 Todos em silêncio, clamando a Omulu e sua mãe, Nanã Buruquê, que não nos deixem mais padecer e que venham nos valer. Ajibero - Atotô! Saluba Nanã!


Somos de candomblé, ou seja no período em que estamos, chamado de quaresma, cobrimos nossos Orisas deixando apenas Sango para tomar conta de tudo por nós, devo-lhes lembrar que esse ano tbm é ano de Sango e muita revira volta ainda irá acontecer.
Devemos então pedir Agô a Sangô pedindo ao mesmo que interceda em nosso pedido a Omulu, para que leve nosso pedido ao senhor das Curas, e só então realizar nossa prece, nossa oração a Omulu, pedindo por misericórdia, pedindo para que o senhor, único senhor que "bate" de frente com Ikú, para que não leve as pessoas que ainda não atingiram seu tempo, pedindo para que o mesmo com todo o seu poder possa curar o mundo da peste que estamos vivendo, peste essa talvez causada por nós mesmos, que Omulu possa trazer o perdão junto com a cura!
Ajibero meu Pai! Atoto (1 minuto de silencio)!