terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Itan de Oya - Borboleta

 Oya e ngò viviam juntos nesta fase, Òsún e Obà já não ficavam mais tanto com ngò devido à ira de ngò e os maus tratos que ambas sofriam.

Oya que não leva desaforo para casa e impaciente andava em pé de guerra com o grande Rei que há tempos procurava diversão fora dos limites de seu palácio.
Oya revoltada decidiu fugir, ngò quando chegou ao palácio deu por falta de sua esposa.
Oya desesperada e com medo de voltar para ngò acabou pedindo ajuda a Èsù, já que os dois sempre se deram muito bem.
Oya deu a Èsù todos os materiais que Ele pediu, e, assim Èsù fez um encantamento para Oya.
Toda vez que sentisse medo Ela se transformaria em borboleta que é linda, colorida e inofensiva.
ngò enfurecido e revoltado soltando raios e trovões com a fuga de sua esposa, ao se encontrar com Èsù, Ele lhe disse que não teria visto Oya.
Neste mesmo momento Oya que estava em sua forma de borboleta observava tudo do alto.
Oya voltando a sua forma de Òrìsà perguntou a Èsù, o porquê de se tornar uma borboleta e não outros elementos da natureza.
Èsù lhe respondeu:
Como vento e nervosa Você arrasaria o mundo em vendaval.
Como raio Você acabaria com as aldeias.
Como fogo Você destruiria o mundo.
Com os seus filhos Égùn-gùn Você apavoraria a humanidade.
Como borboleta alem de manter suas cores e perfumes que simbolizam a sorte, Você também será capaz de voar com suas asas ao sabor do vento, afinal de contas quem em seu juízo perfeito mataria uma bela borboleta.
Èsù deixou o local muito feliz e satisfeito, fez com que Oya jamais se tornasse preza de alguém.
Oya feliz se transformou outra vez em uma bela borboleta (símbolo de sorte).
E saiu através dos ventos....

sábado, 12 de dezembro de 2020

Ajè Saligá

https://drive.google.com/uc?export=view&id=1T7YPElOmsVNrYNQoLOl5rNhSm5f_65WC          Ajê Salugá         
É um orixá africano feminino, orixá da riqueza da harmonia, dona da prosperidade do mundo, dona do brilho e orixá funfun (que veste branco) É um orixá calmo, harmonioso e paciente. Seus filhos têm brilho por natureza e transmitem uma energia harmoniosa para o ambiente. Ajé foi criada por Olodumare (Deus Supremo) para trazer aos seres humanos a noção do que é ser próspero e do que é ter progresso na vida, sendo um orixá que reconhece a luta e o esforço da humanidade. Um de seus oríkì (evocações) diz: "Ajé, entre em minha casa! Para que a sorte entre logo no meu lar e na minha vida" (SÀLÁMÌ, 2015, p. 80)

A palavra Ajé pode ser traduzida como Progresso para você, sucesso para você e Que aquilo que você espera de seu trabalho se concretize" (SÀLÁMÌ, 2015, p. 80) 

"Ela, com seu poder, reconhece e remunera o esforço do ser humano. Ajé é o orixá das conquistas humanas e [...] um orixá que também traz o significado do trabalho e da vida. Ela faz com que nossos esforços, nossas tentativas, nossos sonhos e nossa realidade não sejam em vão [...] "- Ògúndáre Sówùmni 

Esse orixá possui como simbolismo a espuma do mar, pois é associada ao brilho e ao destaque na vida que seus devotos atingem e buscam atingir ao cultuá-la

Na Mitologia iorubá, "Ajê Salugá" é considerada filha de Iemanjá com Olokun,
 ambas divindades consideradas donas do mar.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Pombo Gira 7 Saias - Minha Rainha




Conheci uma mulher, numa noite de magia, foi ela que me acolheu...
O pranto em meu rosto parecia não cessar, me envolvia em seus braços vazia o mundo parar...
Traz mistérios na suas saias, traz feitiço no olhar...
Hoje uma oferenda eu vou levar,
7 rosas vermelhas hoje eu vou lhe ofertar
Hoje Dona 7 vai girar
Suas 7 Saias pra me abençoar...

#setesaiascigana #setesaias #laroye
#pombogira #candomblé #fé #entidade #dona7 #cigana #odara #ileaseiyalokun

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Ekede trabalha. E como trabalha! Ekede vive para o Orisa


Ekede é amada não só por um Orisa, mas por todos, 

a tal ponto de ser escolhida por eles não para se manifestar, 

mas sim para que ela cuide dele e de suas coisas. 

O Orisa confia na Ekede, a tal de ponto de doar a ela seu Asé, sua força. 

O Orisa quando escolhe sua Ekede, ele bate seu Orí em terra para ela. 

E como reconhecimento por seu esforço, respeito e dedicação, 

essas mulheres abençoadas, recebem honrarias vindas de todos os Reis e Rainhas do Orún.

Ekede, Esu lhe deu a autoridade.

Ekede, Ogun lhe deu a honra de segurar sua espada.

Ekede, Osossi lhe deu o honra de sentar-se a mesa e comer com toda a dignidade.

Ekede, Ossain lhe honra deixando suas folhas em tuas mãos.

Ekede, Omulu lhe honra fazendo com que seu banquete, a comida do Rei seja servida por tuas mãos.

Ekede, Nanã lhe ama e somente você está a frente em seus ases.

Ekede, Osun lhe deu as joias. Você se adorna com a permissão da senhora do ouro.

Ekede, Yemanjá lhe honra lhe fazendo mãe. Por Yemanjá você será chamada de Mãe criadeira do Asé.

Ekede, Logun Edé lhe honra confiando a ti os seus cuidados.

Ekede, Sango lhe honra pois foi tu que preparou o Amalá, bendita é aquela que alimenta o Rei.

Ekede, Oyá se orgulha da sua força de Mãe, Oyá te ama e protege.

Ekede, Obá lhe honra e a exalta, confirmando que a mulher tem força de fazer tudo o que quiser.

Ekede, Osumare lhe honra entregando a ti todas as cores, por isso se traje com zelo em nome deste Orisa.

Ekede, Os Eres lhe honra com sorrisos doces e largos, e lhe respeita mesmo em meio suas peraltices.

Ekede, acima de tudo Osala lhe deu o Adjarin (adjá). 

Por Osala e por Esu foram entregue as Ekedes a chave do Orún.

Será a Ekede que dançará junto a todos os Orisas, ela é quem suavemente fala no ouvido no Orisa ele responde com respeito e gratidão.

#ekedes #ekedi #fé #candomblé #candombléketu #ileaseiyalokun #terreiro #ekedeyemanja #yemanja #yemanjá #sagrado #orisas #orisás #adja #ase #asé #maeekede #euvistobranco #ketu #ketú #orun

Teu Orisa Nunca Lhe Abandona


 

Teu Orisa nunca lhe abandona, 

escuta o seu choro, 

te ergue, 

te acompanha em todas as situações!

Ele está feliz quando vc está feliz. 

Ele acompanha cada decisão, cada passo dado!

Adora ser louvado... adorado...

Adora dançar as suas histórias ao som do atabaque...

Adora quando escuta vc chamar por ele, 

rezar pra ele, 

cantar pra ele!!! 




#candomble #orixas #axe #fé #yemanja #orixa #candomblé #axé #ileaseiyalokun #île #ketu #naforçadosorixas #vistobranco #terreiros #sagrado

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Sango - Criador do Culto a Egungun


Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Sangô à frente, as Iyámi Ajé fizeram roupas iguais às de Egungun, vestiram-nas e tentaram assustar os homens que participavam do culto. Todos correram menos Sangô, que ficou e as enfrentou, desafiando os supostos espíritos.

As Iyámis (as terríveis ajés, feiticeiras) pelo seu grande valor no equilíbrio na manifestação da justiça, ficaram furiosas com Sangô. E juraram vingança. 

Em um certo momento em que Sangô estava distraído atendendo seus súditos, sua filha brincava alegremente. Ela subiu em um pé de obí, e foi aí que as Iyámis Ajé atacaram e derrubaram a Adubaiyani, a filha que Sangô mais adorava. 

Sangô ficou desesperado, não conseguia mais governar seu reino, que, até então, era muito próspero.

Foi até Orunmilá, que lhe disse, então, que Iyami era quem havia matado sua filha. 

Sangô quis saber o que poderia fazer para ver sua filha só mais uma vez, e Orunmilá lhe disse para fazer oferendas ao Orisá Iku (Oniborun), o guardião da entrada do mundo dos mortos. 

Assim Sangô fez, seguindo, à risca, os preceitos de Orunmilá.

Sangô conseguiu rever sua filha e tomou para si o controle absoluto dos mistérios de Egungum (ancestrais). Passou, então, a estar sob domínio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participação de mulheres neste culto. 

Caso essa regra seja desrespeitada, se provocará a ira de Olorun, Sangô, Iku e dos próprios Eguns. Este foi o preço que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Saúdo Meu Guardião Esu dos Ventos

 


 

Saúdo Esu. 

Laroye Esu dos ventos!!! 

Ele transitou comigo por todas as encruzilhadas pelas quais passei.

Ao meu lado, foi amigo e conselheiro.

À minha frente, escudo.

Às minhas costas, guarda.

Ouviu o que meus ouvidos não conseguiram ouvir...

Respondeu o que minha boca não poderia responder.

Com força hercúlea, quando eu mereci, livrou-me dos olhos que abrigam os pássaros da noite;

Livrou-me do veneno das línguas, do julgamento de quem carrega tantos erros quanto eu.

Acordou-me de pesadelos...

Guiou-me pelo caminho do trabalho e da conquista.

(Não me pediu marafo, não me pediu vela, não exigiu fumo, para também ser amigo de meus amigos.)

Transformou o erro em acerto.

O acerto em erro

Abateu com uma pedra o desatino de um destino que não me pertencia.

Foi minha companhia nos momentos de solidão (eu nunca chorei sozinha!).

Rápido e certeiro,

Chamou por Osossi quando me faltou o alimento;

Mostrou a Sangô quando fui injustamente julgada;

Chamou por Oyá quando me viu beirando o abismo;

Avisou a Osun que meu coração transformava-se em pedra;

Pediu a Yemanjá que lavasse minha alma

E equilibrasse meu Ori.

E a Ogun o auxílio para todas as guerras enfrentadas.

Rogou a Ossãe ervas que me curassem...

(Pegou-me pela mão e me conduziu até Orumilá e a palavra de Orumilá nunca vai ao chão!)

Quando batem na minha cara, quem dá a outra face é Esu!

Saúdo a Energia Ígnea que transita em todos os espaços!

Água na rua para esfriar os caminhos a serem percorridos.

Passos firmes... Cabeça erguida,

Sigo. Segui. Seguirei!


Quando tropeço, uma gargalhada ecoa no ar:

É Esu que vem chegando, fazendo questão de mostrar que o mundo dá muitas voltas para Tempo governar.


Laroyê! Mojubá, Esu!

Ajibala Ajibala Ajibala

Adacoro Adacoro Adacoro

Odara Odara Odara. . . . 


#esu #exu #candomble #esudosventos #ileaseiyalokun #fé #laroye

#guardiao #mojuba #protetor

O Uso da Vela no Candomblé (Inã)

 



Para nós que somos do Candomblé  o uso da vela é importante em quase todas ocasiões. No terreiro é necessário acender do portão e em todos os lugares que foram plantados os Asés no terreiro, casa de Esú, nos pés dos assentamentos dos Orisas. 
No Candomblé não usamos velas coloridas como na Umbanda, somente usamos a vela de cor branca, ela pode ser acesa para qualquer uso, Esús, Pombo Giras, todos os Orisas, feituras, trabalhos de qualquer tipo, ebós e outros.

A importância de utilizar a vela branca é fundamental, a chama seria umas das principais forças, ela que vai iluminar a própria energia do ser espiritual. Podemos dizer que toda essa força que nós ligam com o nosso mundo e a espiritualidade, eles necessitam e depende muito da luz que oferecemos a eles, um contato entre nós seres humanos e os Orisas, funcionam como um telefone, que precisa se estabelecer um contato com o plano espiritual, é por meio daquela luz que mantemos uma certa ligação. 

A luz é uma forma de mostrar o caminho a onde eles vão estar presentes para se manifestar, as próprias entidades ou até mesmo para nossos Orisas que precisão de luz para serem guiados e fortalecidos. A vela branca pode ser usada em qualquer momento sendo de dia ou a noite, mas não podemos de forma alguma deixar os Orisas, Esus no escuro, sempre manter acesa para trazer boas influências e ter caminhos com prosperidade...