sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Oferendas e Comidas dos Orixás

                                    As Oferendas


No candomblé, uma oferenda não necessariamente é um sacrifício de origem animal. Para o Candomblé tudo que a natureza produz é sangue, e um sacrifício, requer a utilização de vários tipos de sangue, vindos das mais variadas fontes da natureza, atribuindo vida.
Sangue de Origem vegetal, obtido nas casca das árvoresfolhasfrutossementes e flores.
- Sangue de origem mineralÁguasalcarvão.
- Sangue de origem animal, são sacrificados, bois, bodes,  galinhaspatos  e muitos outros animais, que depois servem de alimentos à comunidade, mas nunca seres humanos, pois o Orixá vive no Homem e através do Homem.
O animal sacrificado vai das mãos do axogun para as mãos da cozinheira (Iyabassê), que vai preparar o alimento tanto para o Orixá como para todos os presentes.
Todas as partes do animal são separadas. A parte interna do animal e o sangue pertencem ao Orixá.
Mas o resto do animal é cozido e preparado para serem servidos no final da festa, aos visitantes e filhos da casa. Sacrifício não é sinônimo de assassinato
Todo homem sacrifica não necessariamente num sentido religioso, e mata para sobreviver. O sentido expiatório, não é aplicando ao Candomblé por um motivo aparentemente simples: no Candomblé, não existe pecado, portanto não há o que expiar.
Além dos animais, outras comidas são preparadas dependendo do Orixá que está sendo homenageado, o amalá para Xangô, o Ipeté para Oxum, o acarajé para Iansã, tudo será colocado diante do assentamento do Orixá como oferenda. Toda essa comida serve para alimentar uma comunidade inteira de filhos de santo e suas famílias que geralmente moram nas proximidades do terreiro

Comida dos Orisas - Ritual

São as comidas específicas de cada Orixá, cujo preparo requer um verdadeiro ritual. 
Esses alimentos depois de prontos são oferecidos aos Orixás acompanhados de rezas e cantigas. Durante a festa ou no final, em grande parte são distribuídas para todos os presentes. São chamadas comida de axé, pois o Orixá aceitou a oferenda e impregnou de axé as mesmas.
A Iyabassê é a pessoa responsável por cumprir esse ritual. Existem Orixás que não aceitam comidas com azeite de dendê, outros não aceitam mel, outros não aceitam sal, outros não aceitam camarão, etc… A Iyabassê precisa saber exatamente como se prepara cada uma dessas comidas, para que elas sejam aceitas pelos Orixás respectivos.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O preparo de um ebó

 
Tanto para quem cuida como para quem vai se cuidar espiritualmente .
Regras e requisitos
1- Esteja de mente e corpo devidamente voltado para o ritual de ebó ( limpeza ) 
2- Ao preparar os elementos de um ebó não se fuma e não se bebe ( NADA ) 
3- Acenda uma vela no preparo além de iluminar a obrigação afasta a negatividade 
4 -Não faça nenhum ebó sem ter consultado Ifá ele determina o ebo a ser feito 
5- Não crie ou coloque elementos ao qual o jogo de búzios e ifá orientou .
6 - Cozinhe para o orisá como se cozinhasse para você comer COMIDA BOA 
7 - Ninguém fica de entra e sai em um asé em ´preparos de ebó 
8 - Levou o ebó não volte para trás com ele deixe aonde o jogo mandou 
9 - O consulente não vai embora enquanto não for entregue o ebó na natureza 
10 -Não tenha dúvida e não faça nada em dúvida pergunte tire as dúvidas 
11 -No momento do ebó abra sua mente se livre de pensamentos que atrapalham 
12- Cumpra com seu dever mantenha seu preceito a risca ou não funciona 
13 -Observe a lua " IMPORTANTE NO RITO DE EBÓS " 
14 - Quem vai liderar o ritual tome seu banho de folha antes 
E lembrando para finalizar a elementos que não há substituição em um ebó 
Exemplos - Acaça , Acarajé , Ekurú , Ebô , entre outros elementos portanto veja Bem ao jogar , elaborar ou organizar o ebó pois para cada elemento também há As Rezas durante o processo de tirar um ebó de uma pessoa para que a mesma Alcance seus objetivos sobre a vida ,

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Nota de Falecimento - Babalorisa Sapponna de 28.08.2013/2014

Babalorisa Sapponna de Omolu

                                                                             Essa nota demorou 1 ano para ser postada, pois não encontrava palavras para expressar essa perda tão grande! 
Pai, que falta você nos faz!!!                






É com lagrimas escorrendo pela minha face que falo hoje sobre Sergio d'Almeida Pinto, Babalorisa Sapponna de Omolu - Fundador do Ilê Asê Nagô Aia Sapponna
       Desde meus primeiro anos de vida cresci junto com esse homem, com esse pai dedicado, amoroso. Me iniciei aos 6 anos de idade pelas mãos desse grande Babalorisa onde fez nascer o meu orisa!!!
    Mas foi chegada a sua hora, infelizmente? Não, felizmente pois se sua hora chegou foi porque já tinha feito todas as suas missões por aqui.
Lembro-me de você sempre alegre, fazendo brincadeiras, lembro que sua felicidade era ver todos os seus filhos sentados envolta daquela mesa enorme da cozinha para comer, da sua empolgação ao cantar, louvar aos Orisas, ta sua alegria que contagiava todos os presentes em nossa casa, seja em dia de festa ou não.



Sempre chega a hora da solidão, Sempre chega a hora de arrumar o armário
Sempre chega a hora do poeta a plêiade, Sempre chega a hora em que o camelo tem sede


O tempo passa e engraxa a gastura do sapato, Na pressa a gente não nota que a Lua muda de formato, Pessoas passam por mim pra pegar o metrô, Confundo a vida ser um longa-metragem, O diretor segue seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos, E já não vai mais ao cinema



Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você



Penso quando você partiu, Assim... sem olhar pra trás
Como um navio que vai ao longe, E já nem se lembra do cais
Os carros na minha frente vão indo E eu nunca sei pra onde
Será que é lá que você se esconde?



Tudo passa e eu ainda ando pensando em você
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você



A idade aponta na falha dos cabelos, Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário, As meninas viram a página do diário



O tempo faz tudo valer a pena E nem o erro é desperdício
Tudo cresce e o início Deixa de ser início
E vai chegando ao meio Aí começo a pensar que nada tem fim...