sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Pontos de Exu - Laroyê Exu – Exu é Mojuba

ENTRADA

1)     É mojuba
       Seu Toquinho é mojuba
               É mojuba
               Seu Toquinho é mojuba
               É mojuba
( Cumpadre, 7 Facas, Tronqueira, Ventos, Ventania, 7 encruza, Caveira, Tranca rua, Tempo, Tata Caveira, Veludo, Tiriri, Meia-noite, Capa preta)

2)     O boa noite o gente,
O boa noite o gente
------------- esta no reino
O boa noite, o gente

3)     O cambono
               Segura a cantiga
               Que ta chegando a hora
               O cambono
               Segura a cantiga
               Que ta chegando a hora
               Sarava todos na encruza
               Exu é quem manda agora
               Sarava todos na encruza
               Exu é quem manda agora

4)     Esu ___________________
No reino ai meu deus o que será
Esu ___________________
No reino ai meu deus o que será
Firma o ponto minha gente
Esu ___________________ vai chegar
Firma o ponto minha gente
Esu ___________________ vai chegar





TOQUINHO

5) Quem tá dormindo acorda
Quem tá sentado fica em pé
Quem tá dormindo acorda
Quem tá sentado fica em pé
É hora, É hora
É hora de saudar o exu Toquinho
É hora, É hora
É hora de saudar o exu Toquinho

6) Já deu a meia noite meus irmãos
As doze horas já bateu
Mais alevanta quem esta sentado meus irmãos
Para saudar exu toquinho


7) Seu Toquinho é bom,
Muito bom de coração
Ele salvou seu pai e mãe,
Para ganhar a salvação


8) Exu matou seu galo,
Dividiu em pedacinhos
Depois de repartir,
Só ficou com um bocadinho


9) Ele é Exu, mas é muito bom de coração,
Seu Toquinho gosta dos seus irmãos

10) Exu marabo toquinho
Pedaço de um pedacinho
No meio da encruzilhada me abra os seus caminhos




TIRIRI

1) Exu tiriri trabalhador da encruzilhada
Exu tiriri trabalhador da encruzilhada
Toma conta e presta conta no rompe da madrugada
Toma conta e presta conta no rompe da madrugada

12) Tava dormindo, na beira do mar
Tava dormindo, na beira do mar
Quando as almas me chamo vem trabalhar
Quando as almas me chamo vem trabalhar
Acorda _____________ vem vigiar
Acorda _____________ vem vigiar
Inimigo esta rondando a porteira do curral
Inimigo esta rondando a porteira do curral
Passe a mão na suas armas, vem guerrear
Passe a mão na suas armas, vem guerrear
Bote o inimigo pra fora que é pra nunca mais voltar
Bote o inimigo pra fora que é pra nunca mais voltar

13) Ouvi exu dando gargalhada
Com seu tridente na mão e sua capa bordada
Mas ele é exu tiriri
Morador lá da kalunga
Vem firmar seu ponto aqui

14) Tiriri de umbanda
       Na encruzilhada
       Toma conta e presta conta
       No rompe da madruga


  
TRANCA RUA

15) Eu, amei alguém
Mais esse alguém
Não ama ninguém
Eu, amei alguém
Mais esse alguém
Não ama ninguém
Eu amei o sol,
Eu amei a lua,
Lá na encruzilhada eu amei seu tranca ruas
Eu amei o sol,
Eu amei a lua,
Lá na encruzilhada eu amei seu tranca ruas


16) Ô lua ô lua ô lua 
Mas ele é dono da rua
Ô lua

quem cometeu as suas faltas peça 
perdão a tranca rua
Tanto sangue derramado

Ô lua
Em cima da terra fria

Ô lua
quem cometeu as suas faltas peça 
perdão a tranca rua

17) Seu tranca ruas é uma beleza
Eu nunca vi um exu assim
Seu tranca ruas é uma beleza
Eu nunca vi um exu assim
Seu tranca ruas é uma beleza
Ele eh madeira que não dá cupim

18) Ele é filho do Sol,

Ele é neto da Lua
Quem cometeu as suas faltas
Peça perdão À Tranca Rua


19) Seu Tranca Ruas
Que nasceu na rua
Se criou na rua
E na rua morreu
Seu Tranca Ruas
Seu Tranca Ruas
Seu Tranca Ruas
Ainda é dono da rua

20) Eu tenho fé eu tenho fé
Tenho fé nesse exu que é tranca ruas do ibaré

21) Tranca rua ganhou uma garrafa de marafo
Levou na capela pro padre benze
E falou pro as cristão
Na batina do padre tem dendê
Tem dendê
Na batina do padre tem dendê

22) Amanheceu brilhou o Sol
Anoiteceu brilhou a Lua
Vinha caminhando pela rua
Eu avistei seu tranca ruas

23) Deu um clarao na encruzilhada
E do clarao surgiu uma gargalhada
Não era o sol, nem era a lua
O que brilhava era o mestre tranca ruas


  
CAVEIRA E TATA CAVEIRA

24) Eu vi homem sentado embaixo da amendoeira
 Eu vi homem sentado embaixo da amendoeira
Era osso só era exu Caveira
Era osso só era exu Caveira

25) Êeeee  Caveira firma seu ponto na folha da bananeira
Esu Caveira
Êeeee  Caveira firma seu ponto na folha da bananeira
Esu Caveira

26) Ê puerê, ê puera
Ê puerê, ê puera
Embaixo da bananeira só João Caveira
Embaixo da bananeira só João Caveira

27) Soltaram um bode preto
Meia noite na kalunga
Soltaram um bode preto
Meia noite na kalunga
Ele correu os quatro cantos
Foi parar lá na porteira
Bebeu marafo com Tata Caveira
Ele correu os quatro cantos
Foi parar lá na porteira
Bebeu marafo com Tata Caveira

28) Eu vi toco orando na ribanceira
Eu vi toco orando na ribanceira
Esse toco virou osso
Osso virou tatá caveira
Esse toco virou osso
Osso virou tatá caveira

29) Se for matar um boi
        Mate na porteira
Coma a carne toda
E deixa o osso pro caveira

30)  O sino deu 12 badaladas
E o trovão rompeu a madrugada
O cemitério todo estremeceu
É tatá caveira que apareceu


 TEMPO

             31) Voce diz quem pode pode
Quero ver quem pode mais
Quero ver se voce pode
Com que Exu do Tempo  faz

7 ENCRUZILHADAS

32) Seu 7, seu 7
Seu 7 encruzilhada
 Toma conta e presta conta
 oe no rompe da madrugada

33) Oh meu senhor das armas
               Disse que eu não valho nada
Olha lá que ele é exu
Rei das 7 Encruzilhadas

34) Senhor morador da encruzilhada
Firma seu ponto com 7 facas cruzadas
Filhos de umbanda pede com fé
Pra seu sete encruzilhadas
Que ele dá o que você quer


VELUDO

35) Ninguem pode comigo
Eu posso com tudo
Lá na encruzilhada
Ele é exu veludo

36) Ê Veludo,

seu cabrito deu um berro
Entortou cerca de arame,
Estourou portão de ferro


7 FACADAS

37) O sino da igrejinha faz Belém den don
               Deu meia noite o galo já cantou
Sete facas que é o dono da gira
Oi corre a gira que ogun mandou

38) Quem não obedecer
        Quem der uma mancada 
        Vai receber castigo do exu 7 facadas
        Quem não botar certinho despacho na encruzilhada
        Quem der uma mancada
        Vai receber castigo do exu 7 facadas

39) Galo canto na encruzilhada
Vou  louvar exu do tempo e saudar 7 facadas 

MARABO

40) Marabô ie, marabô ia
Marabô ie, marabô ia
Cadê marabô, cadê marabo
Cadê marabô ia

41) exu ganhou um gado
Mas não quis comer sozinho
Ele chamou seus camaradas
Pedaço por pedacinho
Ai chegou seu marabo
A pombo gira não é homem ela é mulher


TRONQUEIRA


42)  Segura, filhos da banda,
Quimbanda vai começar
Ogã segura cantiga,
Pai de Santo segura o gongá,
Batedor segura o atabaque,
Seu Tronqueira vai chegar e saravar


MEIA NOITE

43) Seu meia noite é mojuba
Seu meia noite vem na umbanda trabalhar
Com seu chapéu e sua capa
Ele vem La da calunga dando a sua gargalhada



CAPA PRETA

44) La na encruza, na encruza
Existe um homem valente
Com sua capa e cartola
Com seu punhal estridente
La na encruza, na encruza
Existe um homem valente
Com sua capa e cartola
Com seu punhal estridente
É madrugada, é madrugada
E ele esta ao meu lado
Por isso eu lhe digo capa preta
Você é meu advogado

TODOS os Exus

             45) E um mavile mavanbo
E conpensoe
Hahaha
E conpensoe
É um mavile mavanbo
E conpensoe
Hahaha
E conpensoe

46) Exu apavenan, exu apavenan
Exu apavenan, exu apavenan
A sua aldeia ainda é, exu apavenan

47) Exu aindae, exu aindae
Exu aindae, exu aindae
A sua aldeia ainda é, exu apavenan

48) Exu fez uma casa
Fez a porta e a janela
Mais ainda não achou
Morador pra morar nela

49) A sua casa não tem parede
Não tem janela e não tem nada
Aonde é aonde é
que exu mora
Exu mora na encruzilhada
  
50) Deu meia noite
A lua se escondeu
La na encruzilhada,
Danado a sua gargalhada
Tranca rua apareceu
Deu meia noite
A lua se escondeu
La na encruzilhada,
Danado a sua gargalhada
Tranca rua apareceu
É laroie, é laroie, é laroie
É mojuba, é mojuba, é mojuba
Ele odara dando a sua gargalha,
Quem tem fé em tranca rua
É só pedi que ele da
É laroie, é laroie, é laroie
É mojuba, é mojuba, é mojuba
Ele odara dando a sua gargalha,
Quem tem fé em tranca rua
É só pedi que ele da

51) Exu pisa no toco,
Exu pisa no galho
O galho balança
exu não cai
oi ganga
eeee exu, exu pisa num toco de
um galho só

52) A bananeira que eu plantei a meia noite
Ta dando cacho lá beira do terreiro
Cuidado que esse cabra é macumbeiro
é macumbeiro matado de feiticeiro

53) _____________ eu preciso de você
Na hora do meu desespero
Na hora do desespero
_____________você é meu advogado

54) Tava curiando na encruzilhada
Quando a banda me chamou
Exu no terreiro é rei
Na encruza ele é doutor
Exu venceu demanda
Exu é curador
Quem não faz o que ele manda
Exu é gastigador

55) Rodeia, rodeia, rodeia meu santo antonio rodeia
Santo antonio é pequenino amansador de burro bravo
Quem meche com ____________ ta mexendo é com o diabo

56) É hora, é hora, é hora do calendário é hora
É hora do calendário, é hora do Deus Amem
________________ chegou agora, ____________ vem também

57) Ei meu imão
Ei irmão meu
Cadê ____________
Que não vem beber mais eu

58) Quem nunca viu venha ver
Calderão sem fundo ferver
Quem nunca viu venha ver,
Caldeirao sem fundo ferver
Quem nunca viu venha ver,
Caldeirao sem fundo ferver
Deu meia noite
Cemiterio treme
Catatumba racha
E o difundo geme
Deu meia noite
Cemiterio treme
Catatumba racha
E o difundo geme

59) Lá na porteira eu deixei meu sentinela
Lá na porteira eu deixei meu sentinela
Eu deixei Esu ________________________
Tomando conta da cancela
Eu deixei Esu ________________________
Tomando conta da cancela

60) Sua capa de veludo
Quando veio deixou lá
Quando dava meia noite todo exu
ia buscar
Ina mojuba ê
Ina mojuba a


      61) Eu tenho dó
Eu tenho dó
Do galo preto que apanho do carijó


62) Portão de ferro
Cadeado de madeira
Exu toma conta
Exu presta conta
Seu exu fecha nossa porteira



63) Ó luar, ó luar (ó luar)
Todos são filhos da Lua
Oi saravá as Pomba giras
Seu Marabô e Tranca Ruas


64) Ê qua, qua, qua
Que linda risada
Que exu vai dar
Que linda risada
Que exu vai dar
De qua, qua, qua


65) Exu é de querer, querer
Na hora grande é que eu quero ver
Exu é de querer, querer
Na hora grande é que eu quero ver
Exu é do romper da aurora
Seu Tranca Rua toma conta agora
Exu é do romper da aurora
Maria Padilha toma conta agora
Exu é de querer, querer
Na hora grande é que eu quero ver
Exu é de querer, querer
Na hora grande é que eu quero ver
Exu é do romper da aurora
As pomba giras tomam conta agora, exu
Exu é do romper da aurora
Todos Exus tomam conta agora, exu !



 RETIRADA

66) Exu vai embora
Não tropeça no caminho
Pisa no quintal dos outros
Mas não mexa com vizinho

67) Eu agora já me vou
Vou fazer minha retirada
Vou levar cabra safado
Pra passar na encruzilhada

68) Exu -----------
Bebeu,
Exu -----------
Curiou
Exu -----------
Vai embora
Que a banda chamou

O Olorogun - Lorogun

Representação dos Orisas para a Guerra

Lorogun, lórogún ou olorogum quer dizer “ritual de guerra”: Oro (ritual) + Ogun (guerra). É uma cerimônia que representa a ida dos Orisás para a guerra.
O lorogun marca o fim do ano litúrgico e com isso, a paralisação anual das atividades nos terreiros de Candomblé.
O lorogun é realizado no período da quaresma católica, logo depois do Carnaval, terminando no sábado de aleluia (primeiro sábado da lua cheia), onde começa o início do ano litúrgico (Ano Novo) para o povo do santo.
O lorogun traz para a sala dois grupos: o exército de Sangô, onde todos trajam vermelho e branco e carregam uma bandeira vermelha; e o exército de Osalá, com todos os membros vestidos de branco, portando uma bandeira branca.
Tudo começa com uma procissão dos 2 grupos percorrendo os quartos de Santo até o barracão, reproduzindo a viagem pelas cidades de cada Divindade.
Na sala, cada exército se coloca de um lado, sendo que os mais velhos portam cada qual seu estandarte. Todos os Orisás carregam isãns, ou atoris e suas folhas sagradas.
Com a autorização da Iyalorisa | Babalorixá, os dois grupos se aproximam e passam bater os atoris e as folhas em todos os presentes (inclusive Orisás com Orisás). Até que Osalá se manifeste trazendo sua calma e tranquilidade habituais ao ambiente.
Cante-se então para o grande Orisá encerrando o oro.
Em todo o período do lorogun (da quarta-feira de cinzas ao sábado de aleluia, todas as atividades dos terreiros eram suspensas, apenas mantido o amalá de Sangô às quartas-feiras).
A tradição determinava que a cada ano apenas um Orisá ficasse encarregado de cuidar da Comunidade neste período. A escolha era feita através do oráculo.
Durante o lorogun, era mantido um recipiente com a comida deste Orixá protetor.
A festa de reabertura dos trabalhos era a fogueira de Sangô.
O lorogun iniciou-se em razão da proibição dos escravos celebrarem seus cultos durante a semana santa.