domingo, 4 de agosto de 2019

Palha da Costa - Ìko




É a fibra de ráfia, conhecida como ìko pelo "povo-do-santo", extraída de uma palmeira chamada Igí-Ògòrò pelo povo africano. 
No Brasil, recebe o nome de Jupati, cujo nome científico é Raphia vinifera.
No candomblé representa a eternidade e transcendência, como prova da imortalidade e reencarnação, utilizado na confecção das roupas dos Orisas, em especial (Omolu (Sapata).
Seu uso é indispensável na iniciação feitura de santo no sentido de proteger a vulnerabilidade dos iniciados.

Outras finalidades

Esta mesma palha trançada com espessura de um dedo mindinho e comprimento de um metro, chama-se Ikan, popularmente chamado de contra-egun pelos leigos e até mesmo pelo povo de santo. 
Geralmente amarrado nos braços e cintura dos iniciados (recolhidos), com a finalidade de afastar as energias negativa e espírito malévolo, impedindo a incorporação de egun (espírito de morto).

"Umbigueira", recebe este nome quando é amarrado na cintura. (Deve ser usado dentro do runkó). (Yao)




"Mokan", Recebe este nome quando é ornado com búzios colocado no pescoço de comprimento até abaixo do umbigo. (Yao)



"Senzala" recebe este nome quando é ornado com búzios e amarrado próximo à axila.(Yao)


"Contra-egun", recebe este nome quando é amarrado proximo à axila ou no tornozelo. (com a finalidade de afastar as energias negativa e espírito malévolo) - (Abiã)





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CONTRA EGUN Dentro de todos os rituais do candomblé ele está presente e sua importância é imensa nos preceitos. Mas, o que é contra egum? É um utilitário trançado a partir da palha da costa. Segundo os mais antigos, ele pertence a Omulu e serve para afastar espíritos desencarnados da pessoa que está passando pela obrigação. É de grande significado, pois com suas rezas e posteriormente com sua imantação através de determinados banhos, ele não permite de forma alguma que espíritos de mortos se aproximem de quem os está usando. Devemos utilizar os contra eguns mesmo depois de nossos preceitos cumpridos e, sempre que formos a algum lugar infestados de energias negativas Ex: Cemitérios, hospitais, presídios, ou qualquer lugar que você sinta a necessidade, até mesmo em visitas em outras casas. Não existe restrição você pode usa-lo sempre, desde que não esteja bebendo ou em momentos íntimos. #ketu #euvistobranco #religião #fé #esú #contraegun #omulu #proteçãoespiritual #conhecimento #candomblé #ileaseiyalokun

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Fava de Aridan




Aridan, àrìdan ou aridam é o nome de uma árvore de origem africana, cultivada no Brasil que produz frutos com o mesmo nome, seu nome científico é tetrepleura ou tetraptera (Schum & Thour).

Fava de Aridan como é chamada no candomblé é um fruto sagrado "E
we Orisa" que entra na maioria dos rituais do candomblé, principalmente nos ritos de odu ejé, sassanha, abô e assentamentos de Orisás como Esu, Ogun, Omulu, Osun, Sango e outros a depender do Oro Asé.
No sentido de proteger o terreiros e os filhos de santo contra as demandas e feitiços, são colocadas Favas de Aridan em quase todos os Ig
bas Orisás e na preparação de pós, chamados de pó de pembaefun ou atin e soprado pela Iyamorô ou Yalorisa em todo compartimento do Ilê Asé.
É também usada para combater bruxarias praticadas pelas feiticeiras africanas (Ìyàmi), principalmente para livrar pessoas que estão sobe efeito malévolo dessas entidades "trabalho para enlouquecer alguém", ou mesmo na iniciação para tornar-se 
Ìyàmi.

O Duplo poder de Oya



Para cultuar um Orisá, essa energia da natureza, é preciso conhecer as folhas, as cantigas, os orôs, ebós, é preciso saber o significado de cada ato, de cada item que é usado para ele.
Ha um Itan, onde Oya assume duas formas: uma "humana" e outra "animal". Sendo esta outra forma (animal),um outro Poder de Oya.
Quando cultuamos um Orisá, tudo é feito com o objetivo de agradar esse Orisá, para que ele goste do que está sendo feito, para que ele se aproxime, chegue e retribua com positividade tudo que é feito para ele.
Mas porque estamos falando de Itan? através deles que podemos conhecer os feitos e as características de um Orisá, conhecemos e entendemos importantes fundamentos e aspectos dele.
O Itan citado a cima, mostra o Poder que Oya tem de se transformar e também de promover mudanças, nos revela um objeto de grande fundamento no Culto de Oya.
Os Chifres de Búfalo não podem ou não devem faltar no Culto de Oya. Eles representam o Duplo Poder de Oya.

Adura (reza) de Oya.

Ta awa le ewa alaade
Oya de wa e laari o
O ki de wa e laari o
Sun le ohun de orun
Epa hey yeye geere

Sun le ohun de orun



Tradução:

A mais bela dentre as mulheres que possuem coroa
Oya quando chega é um grande prestígio
Nós a saudamos sempre, sempre
Como o brilho do fogo, ela chega do céu
Nós a saudamos grande mãe preciosa!
Que como o brilho do fogo, chega do céu