terça-feira, 27 de agosto de 2019

Esu 7 Facadas

Muitos dizem que é um Esu de Quimbanda, eu costumo dizer que eh um Esu de Esquerda, das 7 Linhas , trabalha na linha da Encruzilhada e na linha dos Malandros, um Esú de força .
A suas Bebidas preferidas é Marafo com Mel (Pinga com Mel), gosta de conhaque e o whisk.
Fuma Charutos e Cigarros ,depende da forma de trabalho usa velas pretas e vermelhas ,pretas e brancas.
Ele trabalha em casos financeiros e que envolve prisões de detentos, é  muito procurado por pessoas com problemas de justiça,dividas,acertos de contas....,tem uma forte influencia com EGUNS de pessoas assassinadas, suicidas, assassinos ,ladrões.
Carrega sete facas para cortar o mal de seus inimigos e corta-los em pedaços.
Faca é instrumento metálico, forjado para operar cortes.
Ogum domina a manipulação dos metais.(Mitologia Africana)
Sete é o número de Tronos de Deus.(Teologia de Candomblé)
Esu que trabalha nas 7 Forças de Deus e que têm a Lei de Ogum como norte de suas ações pode ser chamado de Esu 7 Facas.
Agora, Facada é uma Ação do instrumento "faca", por estar com ato é uma irradiação ativa na Lei, no Trono da Lei, Ogum é Universal, mas Passivo, mantém e Egunitá (Kali-Yê) é Ativa, ou seja modifica. Nesta compreensão são duas Egrégoras de Esus diferenciados sutilmente, mas que pertencem e canalizam o mesmo mistério na Lei de Deus.






Esu = vitalizador, desvitalizador

Sete = Sete tronos ou mistério de Deus: Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração.

Facadas = Faca, objeto que corta, é um objeto feito de metal

Esu Sete facada vai vitalizar ou desvitalizar os sete sentido ( seria os mistérios) dentro da Lei Maior no médium em que ele trabalha e nas pessoas que ele vier atender.

Um de suas histórias :

Foi um Barão de Café, viveu e morreu em Minas Gerais por volta do século XVI e XVII, o mesmo diz que viveu anos acompanhado de sua esposa e seu filho varão. Onde diz que era um homem que ponderava as atitudes humanas e que era muito conservador, um ótimo Pai onde fazia todas as regalias de seu filho e esposa.
Informa que aos seus (mais ou menos) 70 anos, descobriu que era traído por sua esposa com um dos seus capangas. Passando assim a observar para ter certeza do que o mesmo desconfiava. Um dia de chuva e tempo nublado o mesmo saiu como de costume para ver o seu cafezal, quando que para sua surpresa, surpreendeu sua esposa com o capanga. Entraram em uma briga, onde o mesmo, levou varias facadas pelo seu corpo. Senhor Sete Facadas conta que em sua juventude era um homem alto, de pele morena, altivo, por ter boas influencias em seu Estado, era um homem muito respeitado, onde o mesmo sabia ouvir e falar na hora certa. Destemido por alguns e amado por outros.
Sr Sete Facadas não é de enrolação durante suas consultas o mesmo diz que se você veio até uma consulta é porque esta necessitado ou se não for assim não venha com brincadeiras durante suas consultas pois o mesmo é verdadeiro e gosta que o povo seja verdadeiro com ele também.


Laroye 7 Facadas
Odara Odara Odara!!!

Maria Navalha! Pombogira ou Malandra? As duas....

Sim, as duas!!!
Maria Navalha é o nome adotado por muitos espíritos com apresentação feminina que trabalham de modo independente, costumam se apresentar na Umbanda, mas também em casas de Candomblé que cultuam entidades. Podem trabalhar como Pombas Giras, especialmente junto à falange de Maria Padilha ou na "Linha dos Malandros".
Do mesmo modo que há uma incompreensão e entendimento sobre Maria Farrapo, o mesmo ocorre com Maria Navalha.
Enquanto Maria Farrapo trabalha com a falange Maria Mulambo, a Pomba Gira Maria Navalha está intimamente ligada à falange Maria Padilha, que foi onde esses espíritos, encontraram oportunidade organizada de trabalho como Pombas Giras.
Não se deve confundir MARIA NAVALHA com MARIA PADILHA DA NAVALHA ou MARIA PADILHA DAS SETE NAVALHAS.
São espíritos especializados em "GENTE", profundos conhecedores dos abismos da alma humana e do que ela tem de mais degradante, e isso devido às próprias e dolorosas experiências pretéritas.
O INSTRUMENTO NAVALHA:
O Símbolo da Malandragem
O instrumento Navalha foi amplamente utilizado, e ainda o é, como instrumento de defesa, dor e morte pelos que viviam a lei por conta própria. Contavam apenas consigo mesmos e sentiam-se apartados de um mundo que lhes socorressem ou protegessem.
A vida era dura: olho por olho e dente por dente.
A navalha tornou-se o símbolo maior da malandragem e seus códigos próprios.
Mas seu significado na Umbanda, além de identificar os Malandros é sua capacidade de cortar, separar, apartar o mal que está fora e principalmente dentro dos seres.

MARIA NAVALHA POMBA GIRA
As Marias Navalhas que trabalham como Pombas Giras podem apresentar as complementações usuais como: da Encruzilhada, do Cemitério, da Praia, do Cabaré, da Calunga, etc. Apresentam ponto riscado de Pomba Gira e comportam-se como tal.
Algumas vertentes da Umbanda não reconhecem Maria Navalha como Pomba Gira apenas como Malandra. E como não chamam essa linha (Malandros), nesses Terreiros essas entidades não trabalham.
Maria Navalha é o braço "esquerdo" de Maria Padilha, sempre cooperando de modo próprio com os trabalhos de Padilha. Não existem rivalidades entre Maria Padilha e Maria Navalha, como alguns sugerem. Do mesmo modo que não existem disputas entre Maria Mulambo e Maria Farrapo.

MARIA NAVALHA MALANDRA:
As que trabalham na falange dos Malandros costumam ter denominações complementares típicas dos mesmos, como: do Morro, da Ladeira, da Lapa, do Forró, do Samba, da Madrugada, da Esquina, do Asfalto, da Boemia, Pé de Valsa, e outros. Outra característica na denominação é a complementação regional: Maria Navalha de Pernambuco, de Minas, Baiana, do Norte, etc..
São mais livres e passionais em suas manifestações, usando trajes mais coloridos e alegres que os tradicionais vermelho e preto das Guardiãs. Também gostam muito de usar chapéu e lenço (usados também por algumas Marias Navalhas Pombas Giras).
Comunicam-se de modo simples e direto, com vocabulário popular, em alguns casos fazendo uso de expressões e gírias típicas da malandragem.
Preferem bebidas como cervejas, batidas, água de coco, caipirinhas e aguardente.
Pedem mais elementos para trabalho e solicitam mais oferendas que as Marias Navalhas Pombas Giras.
As histórias a respeito desses espíritos são repletas de mortes trágicas, traições, paixões, abandono, carência financeira, ausência de estrutura familiar, falta de oportunidades de educação e formação, pobreza e miséria. Uns poucos conseguiram fama e fortuna, com os "recursos" que tinham.
São gentis, simpáticas, as vezes sérias, sempre muito bem vestidas, elegantes, e bem arrumadas, são vaidosas, gostam de receber presentes e adoram perfumes e batons (Principalmente na cor vermelha)
As vezes surgem nomes de entidade, se denominando Malandra, mais nem sempre são, pois como é uma linha nova, existem pessoas que inventam de má fé, nomes que não existem.


Pomba Gira ou Malandra, fato é que Maria Navalha, Maria Navalhada ou Maria das Sete Navalhas, conhece os efêmeros prazeres e as profundas dores do submundo das criações humanas. E como tal, pode ajudar aos que ainda encontram-se presos e comprometidos à essa realidade.
Salve a Pomba Gira Maria Navalha!
Salve a Malandra Maria Navalha!
Cores : Vermelha, Branca e Preta
Guia: Vermelha e Branca
Indumentária: Roupas nessas cores ; Vermelha, Branca preta, muito raro o tom dourado.
Chapéis: Chapéu Panamá, com Fita vermelha, ou preta, também podem usar chapéu branco (sem fitas), podem usar lenços em seus chapéus ou para enfeitar seus cabelos antes de colocar o chapéu, podem colocar rosas ou cravos vermelhos ou branco no chapéu.
Algumas qualidades de malandra gostam de chapéu preto e outras gostam de cartola baixa. Raramente gostam de cartola alta, quando gostam são nas cores tradicionais (Branca e Vermelha)
Algumas usam Calça branca, vermelha ou estampada com estas cores.
Já outras usam Saias, com estampa vermelha e branca, saia branca, saia vermelha, saia com dados, naipes ou cartas de baralho.
Gostam de Blusa listrada (Vermelha e Branca), ou nas cores Preta, Vermelha, Branca. Também gostam de Roupas de seda (como algumas qualidades de Malandro). Também raramente, algumas Malandras, gostam de uma camisa branca (De botões) por cima da camisa listrada.
Flores: Rosas vermelhas, rosas brancas, cravos vermelhos e brancos, também gostam de flor de chuvisco.
Fumo: Cigarros de palha, Cigarros de filtro vermelho ou Cigarros com sabor. Existem ainda as raras exceções de Malandras que fumam Charuto.
Bebida: Cerveja Branca, Cerveja Preta, Batida, Pinga de Coquinho, Conhaque e raramente Whisky ou cachaça (pinga).
Objetos: Dados, Navalha, Punhal, Baralho.
Pontos de força: Lapa, Cabaré, Morro, Esquinas, Encruzilhada, Cais do Porto, Cruzeiro das Almas, Calunga (Pois como nossos amigos Malandros, trabalham também com as almas)
São boas amigas, trabalham ajudando as pessoas a largas vícios (Drogas e Álcool) também trabalham desmanchando magia negra, trabalham para assuntos financeiros, e as vezes até tiram seus protegidos e protegidas de enrascadas, também trabalham para amor

Malandra Maria Navalha e sua Falange:

-- Maria Rosa Navalha
– Maria Navalha do Cabaré
– Maria Navalha da Lapa
– Maria Navalha da Calunga
– Maria Navalha das Almas
– Maria Navalha da Estrada
– Maria Navalha do Cais

E outras Malandras…

– Malandra 7 Navalhadas
– Malandra 7 Navalhas
– Malandra Maria 7 Navalhas
– Malandra do Cabaré
– Malandra Rosa do Cabaré ou Rosa Malandra do Cabaré
– Malandrinha do Cabaré
– Malandra Maria do Baralho e Malandra do Baralho
– Malandra do Morro ou Malandrinha do Morro
– Malandra da Lapa ou Malandrinha da Lapa ; Malandra do Cabaré da Lapa
– Malandra Rosa da Lapa
– Malandra das Rosas Vermelhas dos Arcos da Lapa
– Malandra da Rosa Vermelha ; Malandra Rosa Vermelha ( Sendo ela da Lapa, Cabaré)
-Malandrinha das Rosas Vermelhas ; Malandrinha da Rosa Vermelha
– Malandra das Almas ou Malandrinha das Almas
– Malandra das 7 Encruzilhadas
– Malandra Maria do Cais ; Malandrinha do Cais ; Malandra da Beira do Cais
– Malandra 7 Saias do Cabaré
– Malandra da Estrada ; Malandrinha da Estrada
– Malandra da Bahia ; Malandrinha da Bahia
– Malandra Maria da Boêmia
– Malandra dos Arcos da Lapa entre outras;
Salve as nossas Amadas Malandras, Salve a Malandragem!
Que Deus possa sempre Iluminar sempre essas falanges que tanto nos quer Bem!

História da Pomba Gira Maria Navalha.
Maria Navalha – A primeira Pomba-gira brasileira?
Os velhos Tatas do Rio de Janeiro de antanho, grandes conhecedores da Magia Africana, gostavam de contar a pitoresca história de Dona Maria Navalha.
Para alguns ela foi a primeira Pomba Gira brasileira. Sim! Afinal, a querida Maria Padilha foi espanhola, e a Bruxa de Évora, a Pomba-gira mais antiga, nasceu em Portugal.
Maria Navalha foi brasileira legítima e carioca do bairro da Gamboa, zona portuária da cidade maravilhosa.
Sua história começou no final do século XIX, quando o bairro ganhou a primeira favela que se tem notícia, lá no Morro da Providência. Foi onde nasceu e cresceu uma mestiça de nome Maria. Linda, alta, forte, dona de um olhar magnético que chamava a atenção. Os sofrimentos da infância deram-lhe uma personalidade determinada e valentia. Aprendeu a se virar sozinha, pois desde cedo perdeu os pais e foi morar na rua.
Uma menina abandonada não tem muita opção, e logo ela foi introduzida no mundo da “vida noturna” e da malandragem, onde teve famosos mestres e mestras que a iniciaram na vida noturna. Foi nas ruas, cabarés e bares que a jovem Maria construiu sua fama e adquiriu seu “apelido”. Contam que ela bebia como um marinheiro, fumava como um estivador e brigava como um leão de chácara, mas sem perder a feminilidade. Capoeiristas famosos a respeitavam e tinha homem grande que tremia diante dela. Escondida no belo corpo sempre levava uma afiada navalha.
Com seu gênio briguento conseguiu muitos inimigos. Nenhum deles tinha coragem de enfrentá-la de frente, cara a cara.
Toda Sexta-feira era sagrada para Maria. Ela se arrumava e ia para a Macumba, culto sincrético e respeitado nos ambientes mágicos do Velho Rio de Janeiro.
A sessão começava tarde da noite e, no pequeno barracão do morro, ao som dos atabaques e cantigas, os Deuses da África e os Eguns baixavam juntos. Assim era o alegre canjerê, tudo misturado e sem uma ordem formal. Aqui rodava um Orixá, ali consultava um caboclo do mato e ao lado pitava um preto velho.
A Macumba era o culto do povo, dos simples e dos sofridos… Não era um antro de magia negra ou templo do demônio. Isso era o que diziam os preconceituosos de plantão, racistas, carolas e endinheirados ignorantes. Este tipo de gente ainda gosta de criticar as religiões de matrizes caboclas e africanas.
Foram nestas históricas Macumbas cariocas que as almas dos primeiros Exus baixaram (refiro-me aos espíritos e não ao Orixá).
Somente mais tarde, com o advento da religião de Umbanda, é que estes trabalhadores do Mundo Invisível vão ser reconhecidos em sua total grandeza e sobrenatural mistério. Nesta época Exu era, sobretudo, o amigo do pobre, do desvalido, do injustiçado e da prostituta. O Rei da Noite e o Imperador da Macumba.
Dona Maria Navalha ouviu muito os conselhos dos Exus, despachou nas escuras encruzilhadas do porto, fabricou talismãs e usou figas. Ensinou banhos e simpatias para as colegas de trabalho, ouviu problemas dos clientes e enxugou lágrimas de muitas vizinhas. Era uma alma generosa dentro do corpo de uma guerreira.
A primeira parte da vida desta mulher terminou numa noite sem Lua. Ao cruzar um beco foi surpreendida por trás e levou uma fatal facada de um inimigo. Morreu na rua onde viveu e trabalhou. Começava a segunda parte de sua vida. Faleceu a Maria mulher e nasceu a Maria entidade!
Depois surgiram as lendas e muitas coisas foram ditas a respeito dela. Contam que foi amante de Zé Pelintra e até que o matou! Que ela teve trinta e três maridos, amantes estrangeiros etc. Dona Maria Navalha entrou para a história e virou mito. O certo é que depois de morta ficou mais viva que nunca.
Certa noite, desta vez lindamente enluarada, durante uma sessão de Macumba no morro, Dona Maria baixou no terreiro… Incorporou numa menina negra magrinha que estava num canto. Maria Navalha ergueu aquele frágil corpinho, tomou um aspecto imponente e falou para a assembleia que ficou maravilhada!
Assim surgiu a primeira Pomba-gira do Brasil, antes mesmo da Umbanda ter nascido. Um dos Pontos de Maria Navalha canta:
“Mulher de malandro tem nome
E se conhece pela saia
Vara curta e onça brava
Ela é Maria Navalha!”
Por Edmundo Pellizari
Nomes:
Maria Navalha
Maria Navalhada
Maria Analha
Seu ilá é de guerra, pois vem por Oyá, mas não gosta de ser mandada. É vesga. Dança lindamente como uma mulata do olodum. Perigosa e verdadeira. Diz que nunca foi mãe, nem casada, nem teve casa.
Lendas (outra historia)
Uma pombagira pouco conhecida. No cais da Bahia, junto ao mercado modelo, onde os saveiros descarregavam frutas, cacau, fumo, viveu a pombagira Maria Navalha. Malandros, marinheiros cheirando a sal, vendedores de acarajé, capoeiristas, eram os seus companheiros. Ela usava uma saia estampada de chitão, uma blusa preta de babados, um chapéu negro prendendo seus cabelos vermelhos e dançava na roda de malandros.
Cai a noite e o amor "áis" de amor se ouviam nos saveiros, nas ruas pobres de salvador. E lá estava ela, com sua navalha na liga, sua defesa de mulher-dama ( mulher que vendia o amor ) para os que não queriam pagar. Jovem pobre, feiticeira, frequentadores dos candomblés que enchiam as madrugadas com os sons dos atabaques, ela ganhava a vida pelo amor e pelo jogo de ronda. Companheira dos malandros, dos marujos, dos bambas das ladeiras do velho pelourinho, amante ardente e carinhosa, mas com gênio forte, ela ganhou o nome de Maria Navalha dos velhos eluôs baianos. Moça vinda do interior da Bahia, sozinha, fazia ela mesmo suas roupas e nunca deixava seu chapéu preto brilhoso. Amou coronéis de cacau, jogadores dos cassinos, marujos tatuados, mas seu grande amor foi o malandro Zé pelintra da meia-noite.
Hoje, baixa na linha de exu, perigosa pombagira malandra, carteia e faz ebós diferentes, não como a famosa Maria Padilha e Molambo. Mas não pense que ela é fraca. Força de magia, faz trabalhos costurados, com caco de vidros, bebe suas cervejas, fuma seus cigarros e quando chega na banda do templo de magia cigana traz uma alegria incrível. Morreu há 55 anos e fala que no cais moram crianças abandonadas, bêbados, pretas com seus tabuleiros em X, pobres sem casa, carteadores, mulheres da noite.

Pontos Cantados

Ela é Maria navalha
Mora na beira do cais
É mulher de Zé malandro
Zé pelintra e outros mais
________________________________________
Eu vou beber
vou farriar
para a polícia me levar
eu moro em Casa Amarela
lá nas sete encruzilhadas
e quem quiser saber meu nome
sou eu Maria Navalha.
________________________________________
Mulher de malandro tem nome
e se conhece pela saia
vara curta e onça brava
ela é Maria Navalha

ORAÇÃO A MARIA NAVALHA.
"Salve Deus pai criador do universo
Salve Oxalá força divina do amor, exemplo vivo de abnegação e carinho
Bendito seja o Senhor do Bomfim
Bendita seja a Imaculada Conceição
Salve Maria Navalha, mensageira de luz,
guia e protetora de todos aqueles que em nome de Jesus praticam a caridade
Salve Maria Navalha, o sentimento suave que se chama misericórdia
Dai-nos o bom conselho
Dai-nos proteção
Dai-nos apoio, instrução espiritual que necessitamos
Para dar aos nossos inimigos, o amor e a misericórdia, que devemos pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo
Para que todos os homens sejam felizes na terra, e possam viver sem amarguras, sem lágrimas e sem ódios
Tomai-nos Malandra Maria Navalha sob vossa proteção, desviai-nos dos espíritos atrasados e obsessores, enviados por nossos inimigos encarnados e desencarnados e pelo poder das trevas.
Iluminai nosso espirito, nossa alma, nossa inteligência e nosso coração abrasando-nos na chama o vosso amor por nosso Pai Oxalá.
Valei-nos Maria Navalha nesta necessidade, concedei-me a graça do vosso auxilio junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo em favor desde pedido (fazer o pedido)
E que Deus nosso Senhor em sua infinita misericórdia, nos cubra de bençãos e aumente a vossa luz e vossa força, para que mais e mais possa espalha sobre a terra a caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo"

Esu Toquinho - História

Foi um Feiticeiro Bruxo que carregava seus conhecimentos da Magia e Bruxaria em suas 7 cabaças. 
Recebeu do Rei da Tribo o nome de Feiticeiro Sr. da Tribo e passou a ser chamado por todos de Marabô Toquinho por ser ágil, consciente, astucioso, alto e extremamente forte. 



Ele é um homem, com postura fina, elegante e um bom apreciador de conhecimentos, boas bebidas como Vinhos, Whisks, Marafos e outros. Utiliza uma Capa de Veludo preto como de um conde. Conseguiu transpassar a barreira do tempo de sua própria existência através da prática da Magia e hoje incorpora em um médium para dar consultas e resolver problemas espirituais utilizando o seu conhecimento milenar, sua magia e seu poder de Esú através de seu ponto Cabalístico e sua Bruxaria. 

Esú Marabô Toquinho esta na hierarquia cabalística 3°(Terceiro) comandado de Esú Asgataroth. É reconhecido como o Senhor da 7 Cabaças e do Dendê. É determinado a esse Esu, a fiscalização do plano físico, distribuindo ordens aos seus comandados. Apresenta-se como um autêntico cavalheiro, apreciando bebidas finas e os melhores charutos. Este Guardião trabalha em casa de santo de Candomblé.








1- Exu matou seu galo
Dividiu em pedacinhos
Depois de repartir
Só ficou com um bocadinho
Ele é exu, mas é muito bom
Seu Toquinho gosta dos seus irmãos.

2- Seu Toquinho é bom
Muito bom de coração
Ele salvou seu pai e mãe
Para ganhar a salvação.

Esu Tronqueira

Esu Tronqueira é o guardião do Ilê, passa por uma triagem às pessoas que entram no Ilê.
Por esse motivo, sua casa, seu assentamento, é colocado junto a entrada do Terreno do Ilê ou junto a porta de entrada pois é a primeira a ser saudada. Nunca podemos em hipótese alguma esquecer desse Esu,  pois se uma Gira corre bem e firme devemos agradecer principalmente a ele.
Alguns espiritos desorientados não conseguem se aproximar do terreiro, pois Tronqueira é o responsável por liberar a passagem apenas dos espiritos que já estão prontos para serem socorridos. Sendo assim estão prontos para seguirem um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada.
Os Esus riem, fazem brincam, falam besteiras, mas não brincam em serviço.
Os mediuns devem ter por eles o maior respeito e consideração, pois são eles os nossos guardiões e da Gira, responsabilizando se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas.
As pessoas que entram no terreiro, traem consigo seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões e são os Esus os trabalhadores encarregados de juntarem tudo isso e descarregar. Cada vitória nossa é para eses Esus trabalhadores um passo no caminho do desenvolvimento.




É um Esu serio, calado, só fala quando precisa, ele dança gingando e gosta de charuto, de conhaque e cachaça com jurubeba, gosta de ficar perto da porta do centro porque ele toma conta da porta durante a gira ou festa, ele é um Esu catiço.
Trabalha resolvendo problemas financeiros, problemas psíquicos, suprimindo duvidas, é sábio, isso se deve a ele ter ligação com Iroko e Ayra que são Orisás da inteligência e Osossi orixá da sabedoria e esperteza e Ossaiyn Orisa dos mistérios da magia, como se não bastasse carrega qualidades da linha de yemonja pois ele as vezes se parece como uma mãe para seus filho e para seu médium e se notar vai ver que mesmo sem paciência a educação é uma forte característica no tronqueira.
Não gosta de falsidade nem de fingimento e nem falta de respeito a ligação com Osun faz o Tronqueira um esu forte em trabalhos de níveis sentimentais e amorosos, mas pense 3 vezes e repense 3 vezes novamente antes de pedi-lo uma amarração, ele não é muito chegado a isso por causa da ligação dele com Sangô o senso de justiça, de razão, de certo ou errado e muito grande.
Ele é irmão de Esu 7 porteiras e trabalha com Tranca ruas e 7 encruzilhadas, pois são Esus dos caminhos, são eles responsáveis por abrir ou fechar os caminhos, essa qualidade que ligam essa linhagem de Esus aos orixás Bara L'Onan (Esu Orisa) e Ogun Meji (Ogum dos caminhos na áfrica)
Fundamento: Por ser muito ligado a iroloko (arvore sagrada e da vida) e a Ayra (orisa um dos caminhos de Sangô vindo da região de save) ele recebeu o nome de Tronqueira, o tronco que segura que da segurança, é normal ver assentamentos desse Esu encima de tronco de arvore com os fundamentos dentro de um alguidar que vai encima de um pilão feito de gameleira com 6 pedras envolta, isso porque esses elementos simbolizam o crescimento.

Ponto cantando:

”A lua brilhou
a mata inteira estremeceu
Foi seu tronqueira quem gritou:
Quem manda na mata sou eu!”

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Esu Veludo

Exu Veludo Viveu na Hungria . Um homem muito elegante exuberante e de muitas terras , trabalhou muito para ter tudo o que queria .
Gostava muito de andar na noite ir a bailes ,bares e cabarés de Luxo. Era um homem bonito , alto , muito cobiçado pelas mulheres e tinha varias amantes.
Gostava de usar sua capa de veludo para sair a noite , anéis, correntes e pulseiras de bom quilate.
Ele tinha um irmão mais novo que lhe adimirava muito.
Este lhe adimirava tanto que acabou dispertando uma certa cobiça pela furtuna e pelas terras do irmão.
Seu irmão mais novo se juntou com os saqueadores e ladrões da cidade que planejaram um roubo na casa do irmão mais velho (Exu Veludo) .
Na noite do roubo, seu veludo não estava em casa, estava chegando , tentou evitar o roubo mais era muitos ladrões e acabou se ferindo gravemente . Ele não suportou os ferimentos e morreu no local.
Seu Irmão mais novo arrependido pela morte do irmão mais velho por que não quisera um assassinato e sim apenas roubar as jóias da propriedade e as coisas de valor , tentou vingar a morte do Irmão e os ladrões o mataram também.
Desencarnados, os dois irmãos se encontraram no astral. O Irmão mais novo pediu perdão para o mais velho e os dois tiveram a graça divina de se tornarem esus para ajudar os médiuns na terra auxiliando,aconselhando ensinando os demais a serem melhores.



Seus Nomes São:
Irmão Mais Velho - Exu Veludo
Irmão Mais Novo - Exu Veludo Menino ou Pode ser chamado também de exu Veludinho que pro ser mais novo ser tornou um mirim.
Exu Velulo trabalha na linha da Encruzilhada regido pelos orixás Ogum, Oxóssi, Yansã e Xangô.
Presta serviços diretamente ao Exu Rei Das 7 Encruzilhadas fazendo parte de sua falange.
Quando incorpora em seus médiuns ele vem vestido com sua capa em Veludo Preto , aprecia um bom Whisk e bons Charutos.
Um exu muito sério e esquentado . Sai do sério facilmente seu nome é Veludo , não por que ele gostava de usar roupas de veludo e sim porque antigamente assim eram chamadas as pessoas de olhar , tom e fala serenas.
As suas oferendas são entregues na estrada , em encruzilhadas de terra próximas de um rio e sempre a noite. Ainda gosta , que do lado de suas oferendas coloque-se pedaços de tecido de veludo.

Itan de Osun


Oxum era a filha preferida de Orumilá.
A menina dos olhos de seu pai. Quando a menina nasce , seu pai lhe deu as águas doces e cachoeiras para governar. Lhe deu a benção sobre as mulheres, a fertilidade, o cuidado sobre o feto. Oxum cresceu bela, meiga e mimada. Tinha o coração doce, mas cheia de vontades.
Quando estava na idade de se casar, os pretendentes logo apareceram às portas de Orunmilá. O primeiro foi Oxóssi, o caçador. Ele trouxe lindas peles, animais e abundância. Orunmilá achou que a filha seria feliz com um homem que proveria a mesa e era um grande caçador. E Oxum foi entregue a Oxóssi, indo com o noivo para a sua floresta. Em pouco tempo Oxum estava triste e deprimida. Oxóssi era forte, belo, vigoroso. Mas vivia pelas matas, buscando mais e mais troféus para os seu salão de caça. Além disso, Oxóssi era de modos rudes e não oferecera sequer um pente e um espelho à noiva. Chorando, Oxum mandou recado ao pai que encerrou o noivado.
O segundo pretendente foi Ogum. O grande general, o senhor dos exércitos de Oxalá. Era também um grande ferreiro. Oromilá pensou que com melhor guerreiro, Oxum estaria sempre protegida. Assim, mandou a filha ir passar um tempo com o noivo. Ogum também era forte, jovem, belo. Mas só pensava em guerra, estratégias, seus exércitos e suas espadas; era grosseiro e ríspido com Oxum e reclamava de sua vaidade que considerava um desperdício de tempo. Oxum chorou mais uma vez e o pai a trouxe de volta.
Os pretendentes continuavam a chegar, mas Oxum recusava todos com medo de sofrer novamente.
" Um dia um homem pediu abrigo às portas de Orunmilá - era pobre, um andarilho. Orunmilá iria dispensá-lo, porém Oxum compadeceu-se do peregrino e pediu ao pai que o recebesse. O homem banhou-se e ganhou roupas limpas, comeu, bebeu, descansou. Em agradecimento, fez uma trova que dedicou a Oxum. Quando a princesa ouviu, ficou encantada e mandou chamar o andarilho. O homem lhe recitou mais versos, contou-lhe histórias, até penteava os cabelos de Oxum, enquanto lhe cantava trovas. Um dia, o peregrino precisou ir embora. Oxum chorou, implorou ao pai que impedisse a partida do homem, contudo Orunmilá não podia prendê-lo, sendo que nada de mal fizera."
Oxum chorou muitas noites, olhando a lua, sentindo falta do humilde trovador. Orunmilá, querendo ver a filha esposada, cansou-se do choro de Oxum e mandou reunir os melhores partidos para que a filha escolhesse um marido. Orunmilá deu uma grande festa, mas Oxum, amuada em seu canto, não comia nem sorria, não queria saber de ninguém.
Então, Orunmilá exigiu que a filha escolhesse seu marido logo, ou então, ele, seu pai, o faria. Oxum, tremendo, olhava por entre os homens e nenhum deles a agradava. Eram ricos, poderosos, alguns até belos e fortes, mas nenhum lhe falara ao seu coração.

Então ela viu, entre os convivas o andarilho trovador. Oxum correu até o homem, levou-o até ao pé do trono de Orunmilá e pediu que cantasse. O andarilho cantou, declamou lindos poemas, todas para Oxum. A princesa, em lágrimas, disse ao pai que ele era o marido que ela desejava. Orunmilá, os convidados e toda a corte riram, onde já se vira, a filha do rei casar com um mendigo! Oxum insistia, defendendo o peregrino contra o desdém dos demais. Então um grande trovão soou e o peregrino foi atingido por um raio. Para grande surpresa e espanto de todos, o mendigo transformou-se em Xangô, o senhor da Justiça, o maior juiz de Yorubá.

Orunmilá perguntou-lhe por que ele não se apresentara como realmente era, desde o início.
Xangô explicou que não queria apenas o corpo, nem o dote de Oxum, queria uma mulher que fosse justa como ele, por isso, disfarçou-se de andarilho, preferindo conquistar o coração da mulher pela arte e sensibilidade. Ele agora tinha certeza de que Oxum era a sua rainha verdadeira, pois ela o amava por suas qualidades e não por sua realeza ou dotes físicos. Orumilá abatido pela sabedoria de Xangô, deu-lhe a mão de sua filha. Xangô levou Oxum para o seu reino, em Oyó, onde ela foi coberta de carinhos dengos, sedas, doces e brinquedos. Xangô cumulou-a de bondade, amor e mimos É tornou a também a rainha do Ouro, da prosperidade
Oxum Nunca mais chorou de tristeza só de emoção
É aprendeu a cantar todas as trovas de Xangô a quem jamais deixou...

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Itan de Osala


Olodumaré, Senhor Supremo dos Nossos Destinos, também conhecido como Olorum, Senhor do Orum, criou o primeiro dos Orixás, o Oxalá. E deu-lhe a incumbência de criar o mundo, entregando-lhe o saco da criação.

No momento da criação, já haviam outros Orixás habitando Orum, o mundo espiritual. Oxalá foi aconselhado por Orumilá a entregar uma oferenda ao Orixá Exu antes de empenhar sua tarefa de criação do mundo.

Oxalá olvidou o conselho e partiu sem fazer suas oferendas. Então, Exu usou de seus poderes, criando em Oxalá muita sede.

Chegando ao local onde o mundo seria criado, encontrou uma palmeira, com seu cajado, opaxorô, e fez um furo na palmeira e bebeu seu vinho. Bebeu, bebeu, bebeu e logo depois adormeceu ao lado da palmeira.

Exu lhe tomou o saco da criação e entregou ao Orixá Oduduá, que com a concessão de Olorum e as devidas oferendas, fez a tarefa que antes seria de Oxalá.

Ao acordar, Oxalá vê que o mundo já havia sido criado. Oxalá se dirige a Olorum para esclarecer o ocorrido. Olorum o perdoa e absorve este mistério de Olorum, logo passa a ser o Orixá do perdão. Então, Olorum lhe dá uma nova incumbência, a de criar os homens.

Oxalá toma o barro e com ele modela o homem e a mulher, porém não tem vida. Assim, chama Olorum para expor a questão. Olorum se aproxima e assopra o sopro da vida, animando os homens e mulheres modelados por Oxalá.

Assim, Oxalá criou o homem e a mulher, e passa a não receber nada que seja alcoólico, pelo contrário, Oxalá passa a representar a sobriedade, a calma e a Paz

Itan de Esu

Exú o grande senhor que demarca principalmente os territórios utilizados por nós em seus caminhos, ganhou poder sobre a encruzilhada. Exú não tinha riqueza, nem fazenda. Exú não tinha rio, não tinha profissão, nem artes, nem missão. Por isso, Exú vagava pelo mundo sem paradeiro. Então, um dia, Exú passou a frequentar a casa de Oxalá. Ia à casa de Oxalá todos os dias. Lá, Exú se distraía vendo o bom velhinho dando vida aos seres humanos.

Muitos e muitos também vinham visitar Oxalá, mas ali ficavam pouco: 4 dias, 8 dias. Traziam oferendas, elogiavam o velho Orixá, apreciavam sua obra, mas partiam sem nada aprender com Oxalá. Exú, no entanto, ficou na casa de Oxalá por 16 anos e, durante esse tempo, Exú não perguntava, apenas observava. Exú prestava muita atenção na modelagem e aprendeu como Oxalá fabricava cada parte do corpo dos homens e das mulheres, as mãos, os pés, a boca, os olhos, tudo. Ou seja, Exú aprendeu tudo.```

*COMO EXÚ SE TORNOU O AJUDANTE DE OXALÁ*

```Um dia, Oxalá tinha cada vez mais humanos para fazer e não queria perder tempo recolhendo os presentes que todos lhe ofereciam, então, ele disse a Exú para ir postar-se na encruzilhada por onde passavam os que vinham a sua casa, para ficar ali e não deixar passar quem não trouxesse uma oferenda. Oxalá nem tinha tempo para as visitas. Exú tinha aprendido tudo e agora podia ajudar Oxalá.

Exú coletava os ebós para Oxalá, recebia as oferendas e as entregava. Exú fazia muito bem o seu trabalho e, assim Oxalá então decidiu compensá-lo: assim, Oxalá decidiu que todos os que viessem a sua casa, teriam de também de pagar alguma coisa a Exú. E, assim, Exú mantinha-se sempre a postos, guardando a casa de Oxalá, armado de um ogó, um poderoso porrete, afastando os indesejáveis e punindo quem tentasse burlar sua vigilância.

Exú trabalhava demais e fez dali a sua casa, na encruzilhada. Ganhou uma rentável profissão, ganhou seu lugar, sua casa. Exú ficou rico e poderoso. Desde então, ninguém pôde mais passar por uma encruzilhada sem pagar alguma coisa a Exú...

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Itan de Osossi


Osóssi era irmão de Ogun. E Ogun tinha pelo irmão um afeto especial. 
Num certo dia em que voltava da batalha, 
Ogun encontrou o irmão temeroso e sem reação, cercado de 
inimigos que já tinham destruído quase toda a aldeia e que 
estavam prestes a atingir sua família e tomar suas terras. 
Ogun vinha cansado de outra guerra, mas ficou irado e sedento de vingança. 
Procurou dentro de si mais forças para continuar lutando e 
partiu na direção dos inimigos. 
Com sua espada de ferro pelejou até o amanhecer.

Quando por fim venceu os invasores, sentou-se com o irmão e o 
tranquilizou com sua proteção. Sempre que houvesse 
necessidade ele iria até seu encontro para auxiliá-lo. 
Ogun então ensinou Osóssi a caçar, a abrir caminhos pela floresta e 
matas cerradas. 
Osóssi aprendeu com o irmão a nobre arte da caça, 
sem a qual a vida é muito mais difícil. 
Ogun ensinou Osóssi a se defender por si próprio e
 também ensinou Osóssi a cuidar da sua gente.

Agora, Ogun podia voltar tranquilo para a guerra. 
Ogun fez de Osóssi o provedor. 
Ogun segue sendo o grande guerreiro dentre os Orisás e  
Osóssi tornou-se o mais exímio caçador do panteão dos Orisás.

Comidas de Orisa - Parte II

Acarajés para Oyá/Iansã
Ingredientes: 
- 500g. de feijão fradinho 
- 500g. de cebola 
- 01 litro de azeite de dendê

Modo de preparo: Num processador (pode ser num pilão) triture o feijão fradinho, deixe de molho por meia hora e após descasque os feijões coloque o feijão no processador e vá adicionando a cebola cortada em pedaços. Bata até formar uma massa firme. Despeje numa tigela e bata a massa com uma colher de pau até formar bolhas, coloque sal a gosto. 
Numa frigideira coloque o dendê e deixe esquentar bem, com a colher vá formando os bolinhos e fritando até dourar. Coloque-os num alguidar.


Moranga para Obá
Ingredientes: 
- 01 moranga 
- 500g. de camarão limpo 
- um maço de língua de vaca 
- 01 cebola 
- dendê

Modo de preparo: Cozinhe a moranga inteira. Depois de cozida abra um circulo em cima da moranga, tire a tampa e as sementes. Corte a língua de vaca em tiras (como se corta couve), refogue com cebola, dendê e os camarões, coloque o refogado dentro da moranga e ofereça a Obá.

Farofa para Iroko/Tempo
Ingredientes: 
- 500g. de farinha de mandioca torrada 
- 01 vidro de mel 
- 01 pepino

Modo de preparo: Coloque a farinha de mandioca num alguidar, vá colocando o mel e com as mãos faça uma farofa , corte o pepino em três partes no sentido longitudinal, coloque as fatias do pepino sobre a farofa de maneira que eles fique em pé, regue com mel.

Feijoada para Omolú
Ingredientes: 
- 500g. de feijão preto 
Ingredientes para feijoada 
- dendê 
- 01 cebola 
- côco

Modo de preparo: Prepare uma feijoada normal, porém tempere-a com cebola e dendê, coloque a feijoada num alguidar e enfeite com côco cortado em tirinhas.

Pipoca para Obaluaiye
Ingredientes: 
- 300g. de milho pipoca 
- 01 bisteca de porco 
- dendê 
- côco 
- areia de praia/na falta areia fina de construção peneirada.

Modo de preparo: Em uma panela ou pipoqueira, aqueça bem a areia da praia, coloque o milho pipoca e estoure normalmente, Coloque num alguidar. Frite a bisteca no dendê e coloque sobre a pipoca, enfeite com côco cortado em tirinhas.

Manjar para Yemanjá
Ingredientes: 
- 250g. de creme de arroz 
- 01 pescada inteira 
- azeite de oliva

Modo de preparo: Faça um mingau com o creme de arroz e água e uma pitada de sal. Limpe a pescada e asse-a na oliva. Coloque o mingau numa travessa de louça deixe esfriar e coloque a pescada assada sobre o manjar, regue com oliva.

Ebô para Nanã
Ingredientes: 
- 500g. de quirerinha branca 
- 01 côco 
- azeite de oliva

Modo de preparo: Cozinhe a quirerinha com bastante água para que ela fique meio "papa", tempere com oliva, coloque em uma tigela de louça, descasque , rale o côco com ele cubra a quirelinha.

Ebô para Oxalá
Ingredientes: 
- 500g. de canjica branca 
- 01 cacho de uva itália (uva branca) 
- Azeite de oliva.

Modo de preparo: Cozinhe a canjica, coloque numa tigela branca, tempere com oliva mel e um pouco de açúcar, enfeite com o cacho de uva.

Comidas de Orisa


Padê para Exú 

Ingredientes: 
- 01 pcte. de farinha de mandioca grossa
- 01 vidro de azeite de dendê 
- 01 cebola grande 
- 01 bife
- 01 caixas de fósforo 
- 01 garrafa de aguardente 
- 07 pimentas vermelhas

Modo de preparo: Em um alguidar coloque a farinha  e um pouco de dendê, com as mãos faça uma farofa bem fofa sempre mentalizando seu pedido. Mexa sempre com a mão esquerda e no sentido anti-horário. Corte a cebola em rodelas e refogue ligeiramente no dendê, faça o mesmo com o bife mal passado. Cubra o padê com as rodelas de cebola e no centro coloque o bife, enfeite com as sete pimentas. Ofereça a Exú o padê não esquecendo dos charutos (como agrado) e da aguardente.

Feijão para Ogun
Ingredientes: 
- 500g. de feijão cavalo 
- 01 cebola 
- 01 vidro de dendê 
- 07 camarões grandes

Modo de preparo: Cozinhe o feijão e tempere-o com cebola refogada no dendê, coloque em um alguidar e enfeite com os camarões fritos no dendê. Faça seus pedidos e ofereça a Ogum.

Amalá para Xangô
Ingredientes: 
- 500gr. de quiabo 
- 01 rabada cortada em doze pedaços 
- 01 cebola 
- 01 vidro de azeite de dendê 
- 250g. de fubá branco (milho branco)

Modo de preparo: Cozinhe a rabada com cebola e dendê. Em uma panela separada faça um refogado de cebola dendê, separe 12 quiabos e corte o restante em rodelas bem tirinhas, 
junte a rabada cozida .Com o fubá, faça uma polenta e com ela forre uma gamela, coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no amalá de cabeça para baixo.


Frutas para Oxossi
Modo de preparo: Em um alguidar ou cesta coloque 7 tipos de frutas bem bonitas (exceto abacaxi, mimosa, limão) enfeite com folhas de goiaba e côco cortado em tirinhas.

Omolokum para Logunedé
Ingredientes: 
- 500g. de feijão fradinho 
- 500g. de milho 
- 01 cebola 
- 4 ovos 
- azeite de oliva

Modo de Preparo: Coloque o feijão fradinho para cozinhar com cebola e azeite de oliva. Em outra panela cozinhe o milho. Depois do feijão fradinho cozido amasse-o bem até formar uma pasta. Em uma travessa coloque o omolokum (massa do feijão fradinho) de maneira que ocupe a metade da travessa e na outra metade coloque o milho cozido, regue com oliva e enfeite o omolokum com os quatro ovos cortados em quatro, e o milho enfeite com côco cortado em tirinhas.

Abacate para Ossaim
Ingredientes: 
- 01 abacate 
- 500g. de amendoim 
- 250g. de açúcar 
- fumo em corda 
- 7 folhas de louro

Modo de preparo: Corte o abacate no meio e tire a semente, coloque as duas parte numa travessa com a polpa virada para cima. Numa panela misture o amendoim e o açúcar e mexa até derreter o açúcar, derrame essa mistura sobre o abacate. Enfeite com pedaços de fumo em corda e as 7 folhas de louro.


Serpente de Oxumarê
Ingredientes: 
- 500g. de batata doce 
- dendê 
- Feijão fradinho

Modo de preparo: Depois de cozinhar a batata doce descasque regue com dendê e amasse-a até formar uma massa homogênea. Em um alguidar molde duas serpentes em forma de círculo, sendo que a cauda de uma encontre-se com a cabeça da outra. Com o feijão fradinho forme os olhos e enfeite o restante do corpo com alguns grãos de feijão fradinho (a seu critério), regue com dendê e ofereça ao orixá.

Omolokum para Oxum
Ingredientes: 
- 500g. de feijão fradinho 
- 01 cebola 
- azeite de oliva 
- 5 ovos

Modo de preparo: Cozinhe o feijão fradinho com cebola e azeite de oliva, depois de cozido amasse-o um pouco. Coloque um recipiente de louça enfeite com os 5 ovos cozidos cortados em quatro e regue com bastante oliva.

Cargos dentro do Ilê

 Cargos dentro do Ilê

 

 

·         Iyalorisá/Babalorisá: Mãe ou Pai em Orisa é o posto mais elevado do Ilê -  tem a função de iniciar e completar o ato de iniciação dos olorisás.

 

·         Iyalasé: Mãe do Asé, a que distribui o Asé - É quem escolhe os Oloyes de acordo com as determinações superiores.

 

·         Ekéde: Mãe que cuida do Orisa - O mesmo que Àjòiè,  Iyárobá e Makota, braço direito da Iyalorisá/Babalorisá os representando em qualquer situação, porta voz dos mesmos!

 

·         Iyá Tebesê: Responsável e porta voz do Orisá patrono da casa – Um das funções de Ekede. É a principal Ekede dentro do terreiro, a mais velha, responsável pelos cantigos e rezas dos Orisas.

 

·         Iya kekere ou baba kekere: Mãe pequena e Pai pequeno do Asé ou da comunidade. Sempre pronta a ajudar e ensinar a todos no Ilê, substituto eventual da Iyá ou Babalorisá.

 

·         Alagbê: Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos Ilùs, os instrumentos musicais sagrados - Se uma autoridade de outro Asé chegar ao Ilê, o Alagbê, tem de lhe prestar as devidas homenagens “dobrar o Ilù”. Também possui sub-posto Otun e Osi.

 

·         Ogã: Responsável pelos toques aos Orisas – Tocador de Atabaque.

 

·         Ogã Kolofé: É o responsável por toda a corimba à ser puxada no terreiro, é também instrutor de toques de atabaque. Só existe UM Ogan Kolofé em cada terreiro. Responsável por puxar as cantigas junto com o Alagbe e Ogalá  Tebessê,  dançar para os Orisas.

 

·         Ogalá Tebessê: Dono dos toques, cânticos e danças. Trabalha em conjunto com o Alagbê, possui sub-posto Otun e Osi.

 

·         Babalossayn/ Iyalossayn: Responsável pela colheita das folhas - Cargo de extrema importância.

 

·         Iyafé / Jibonan: o cargo de Jibonã (ji- dar/bí-nascer/onã-caminho — “dár caminho ao nascimento”, é a mãe ou pai /que cria e são responsáveis pela reclusão do yawo. Iya = Mãe, Fé = Amor – Mãe do Amor.

 

·         Iyamoro: Responsável pelo Ipadê de Esú. Junto com a Ajimuda, Agba e Igèna.

 

·         Ajimuda: Ajuda a Yamoro com o Ipadê de Exú. Titulo usado no culto de Oya e Geledé, também é um cargo que cuida da casa de Omolú.

 

·         Iyadagan: Auxilia a Iyamoro e vice-versa. Também possui sub-postos Otun-Dagan e Osi-dagan.

 

·         Iyaefun/Babaefun: Responsável pela pintura dos Iyawos.

 

·         Iyabassé: Responsável no preparo dos alimentos sagrados. Todos Olorixás podem auxiliá-la, sendo ela a única responsável por qualquer falha eventual.

 

·         Iyarubá: Carrega a esteira para o iniciando. E usa toalha de Orixá no ombro.

·          

·         Aiyaba Ewe: Responsável em determinados atos em obrigações de “cantar folhas”.

 

·         Aiybá: Bate o ejé em grandes obrigações. Tem sub-posto Otun e Osi.

 

·         Ològun: Cargo masculino, despacha aos Ebós das grandes obrigações, a preferência é para os filhos de Ogun, depois Odé e Oluwaiyê.

 

·         Oloya: Cargo feminino, despacha os Ebós das grandes obrigações, na falta de Ològun. São filhas de Oya.

 

·         Mayê: Mexe com as coisas mais secretas do Asé, ligadas a iniciação do Adosú.

 

·         Agbeni Oyê: Posto paralelo a Mayê, divide a mesma causa.

 

·         Asogun: Responsável pelos sacrifícios, Ogan de Ogun. Não pode errar. Responsável direto pelos sacrifícios do ínicio ao fim do ato. Soberano nestas obrigações, é quem se comunica com o Orixá para quem se destina a obrigação, transmitindo à Iyalaxé as respostas e mandamentos. Deve ser chamado de Pai. E também possui sub-posto Otun e Osi.

 

·         Iyaegbé/Babaegbé: É a conselheira(o) responsável pela manutenção da Ordem, Tradição e Hierarquia. Posto somente dado a egbomis muito antigas.

 

·         Olopondá: Grande responsabilidade na inicição, no âmbito altamente secreto ligado a Oxun.

 

·         Kólàbá: Responsável pelo Làbá, simbolo de Xângo.

 

·         Iyatojuomó: Responsável pelas crianças do Axé.

 

·         Iyasíhà Aiyabá: é quem segura o estandarte de Oxalá.

 

·         Sarapegbé: Mensageiro de coisas civis e de awo.

 

·         Akòwe: É a Secretária da casa da administração e compras.

 

·         Alagbá: Âmbito civil do Axé.

 

·         Ojuoba: Posto de honra no Ilê Xangô e possui sub-posto Otun e Osi.

 

·         Mawo: Grande confiança.

 

·         Balógun: Título ligado ao Ilê Ogun.

 

·         Alagada: Ogan que cuida das ferramentas de Ogun.

 

·         Balóde: Ogan de Odé.

 

·         Aficodé: Chefe do Aramefá (6 corpos) ligado ao Ilê Odé.

 

·         Ypery: Ogan ou Àjòiè de Odé

 

·         Irànsé- iyá responsável pelo ronkó e o iyawo.

 

·         Alajopa: Pessoa de Odé, que leva a caça para ele.

 

·         Alugbin: Ogan de Oxalufan e Oxaguian que toca o Il¦ù dedicado a Oxalá.

 

·         Assogbá: Ogan ligado ao Ilê Omolú e cultos de Obaluaiye, Nanã, Egun e Exú.

 

·         Alabawy: Pessoa que trabalha na área jurídica e que cuida dos interesses civis do Axé.

 

·         Alagbede: Pessoa que trabalha no ramo de ferro e metais e forja as ferramentas do Axé.

 

·         Elémòsó: Ogan ou Àjòiè de Oxaguian, ligados ao Ilê Oxalá e toda sua indumentária.

 

·         Oba Odofin: Ligado ao Ilê Oxalá.

 

·         Iwin Dunse: Ligado ao Ilê Oxalá.

 

·         Apokan: Ligado ao Ilê Omolú.

 

·         Abogun: Ogan que cultua Ogun.

 

·         Iyá Otun / Babá Otun: braço direito do zelador, pessoa de confiança do zelador.

 

·         Iyá Osí / Babá Osí: braço esquerdo zelador, pessoa de confinça mdo zelador.

 

·         Asògbá- Homem responsável pelo quarto de Omolú.

 

·         Asopí- cargo do Ogan da casa




Ilê Asé Nagô Aia Iyalokun Omo Omi Sapponna